O Dízimo e a Generosidade no Reino de Deus
Introdução
Amados irmãos e irmãs, graça e paz! Hoje, vamos refletir sobre um tema fundamental para a vida cristã: o dízimo e a generosidade. Esse não é apenas um assunto financeiro, mas algo que revela a condição do nosso coração e nosso compromisso com o Reino de Deus. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, vemos que o ato de dizimar e ofertar é uma expressão de nossa confiança e gratidão a Deus, e um meio pelo qual Ele nos ensina a depender mais d'Ele.
Muitos encaram o dízimo apenas como uma obrigação, mas a Bíblia nos mostra que ele é uma forma de adoração, um convite para uma vida de generosidade e obediência.
Vamos caminhar juntos por essa jornada bíblica e entender o que Deus nos revela sobre o dízimo e o coração generoso.
I. O Dízimo no Antigo Testamento: Semente de Fidelidade
1. Abraão e Melquisedeque: Um Ato de Gratidão (Gênesis 14:18-20)
A primeira menção ao dízimo ocorre em Gênesis, quando Abraão encontra Melquisedeque, o rei-sacerdote de Salém. Abraão, que acabara de vencer uma batalha, oferece voluntariamente o dízimo de tudo o que tinha como um ato de gratidão.
Esse ato demonstra que o dízimo é uma resposta natural ao reconhecimento da bênção de Deus em nossa vida.
2. A Lei do Dízimo: Separação para o Senhor
(Levítico 27:30-32; Deuteronômio 14:22-23)
No período da Lei, o dízimo é instituído como uma prática obrigatória para o povo de Israel.
Em Levítico 27:30, Deus declara que o dízimo da terra é santo e pertence a Ele.
Em Deuteronômio 14:22-23, somos ensinados que o dízimo ajuda o povo a lembrar que Deus é o provedor de tudo, e que tudo o que temos vem d'Ele.
O dízimo era separado como forma de sustento dos sacerdotes e levitas, e também era uma provisão para os necessitados (Deuteronômio 14:28-29), mostrando que o dízimo já tinha um papel social importante.
3. Malaquias e o Desafio da Fidelidade (Malaquias 3:8-10)
Em Malaquias, o Senhor chama o povo ao arrependimento, pois eles estavam negligenciando o dízimo. Deus desafia o povo: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro... e depois fazei prova de mim” (Malaquias 3:10).
Aqui, vemos que Deus não precisa do nosso dízimo, mas deseja nossa fidelidade. Quando somos fiéis a Ele com nossos recursos, Ele abre as janelas do céu e derrama bênçãos sobre nossas vidas. É um chamado para confiar plenamente em Sua provisão.
II. O Dízimo e a Generosidade no Novo Testamento: Um Coração transformado
1. A Purificação da Intenção:
Em Lucas 11:42, Jesus confronta os fariseus, que eram extremamente rigorosos com o dízimo, mas negligenciavam aspectos mais profundos da lei, como a justiça e o amor. Jesus declara que devemos dar o dízimo, mas não podemos esquecer do coração. Isso nos mostra que Deus valoriza mais a motivação por trás de nossa oferta do que a oferta em si.
2. A Generosidade Que Vai Além:
Em 2 Coríntios 9:6-7, Paulo instrui a igreja sobre a importância de ofertar com alegria e voluntariedade: “Deus ama ao que dá com alegria.”
Aqui, Paulo não especifica o dízimo, mas fala sobre um coração generoso.
A generosidade é uma expressão da transformação que ocorre quando Cristo é o centro de nossa vida.
Dar com alegria significa que confiamos em Deus e que estamos dispostos a contribuir para o Reino com gratidão e amor.
3. Sustentando a Obra do Senhor:
1° Coríntios 9:13-14
Paulo também nos lembra que aqueles que servem no altar devem viver do altar. Ao dizimarmos e ofertarmos, não apenas demonstramos nossa fé, mas também contribuímos para o sustento da obra de Deus, permitindo que o Evangelho avance e que a Igreja cresça. Ao reconhecer o valor da obra de Deus, também somos beneficiados espiritualmente, pois estamos unidos na missão de levar a mensagem de Cristo.
III. Generosidade no Reino de Deus: Mais do que Apenas Dinheiro
1. Exemplo dos Primeiros Cristãos (Atos 2:44-45)
Em Atos, vemos a generosidade praticada na vida diária dos primeiros cristãos. Eles estavam unidos em amor e cuidavam uns dos outros com seus próprios recursos, vendendo bens e compartilhando conforme havia necessidade.
Esse é o tipo de generosidade que o Reino de Deus requer – uma vida que compartilha o que tem e que não é apegada às posses materiais.
2. A Generosidade do Próprio Cristo (2° Coríntios 8:9)
Nosso maior exemplo de generosidade é Cristo, que, embora fosse rico, se fez pobre por amor a nós. Em nossa generosidade e ao dizimarmos, estamos seguindo o exemplo d'Ele, que deu tudo para que nós pudéssemos ter vida. Nossa motivação para dar deve sempre vir do amor e da gratidão que temos por Cristo.
*Conclusão:*
Buscai Primeiro o Reino de Deus
Amados, o dízimo e as ofertas nos ajudam a lembrar que Deus é o dono de tudo e que somos apenas mordomos de Suas bênçãos.
Em Mateus 6:33, Jesus nos lembra de buscar primeiro o Reino de Deus, e todas as outras coisas nos serão acrescentadas. Quando colocamos o Reino em primeiro lugar, o Senhor se encarrega de suprir todas as nossas necessidades.
O dízimo não é apenas uma obrigação ou um ritual, mas uma oportunidade de mostrar a Deus que confiamos n'Ele e que O reconhecemos como nosso Provedor. Ele deseja que sejamos generosos, assim como Ele é generoso conosco.
Que o Espírito Santo nos ajude a sermos fiéis e generosos, e que nossa oferta seja sempre um reflexo do amor e da gratidão que temos pelo Senhor.
Vamos orar para que o Senhor nos dê um coração generoso e fiel, para que sejamos uma igreja que serve e investe no Reino de Deus, confiando que Ele suprirá todas as nossas necessidades. Amém!
Forte abraço Fraternal, com carinho, pr. José Lopes de Oliveira
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