Pular para o conteúdo principal

A ADORAÇÃO NO TABERNÁCULO TERRENO Hebreus 9:1- 28

 

 

9.1-10 - Os versículos de 1 a 10 do capítulo 9 descrevem os sacrifícios no Dia da Expiação, no tabernáculo terreno (Lv.16). Esses sacrifícios não eram capazes de limpar a consciência.

Em contraste, o oferecimento de Cristo de si mesmo, conquistando Sua entrada no santuário celestial (Hb. 9:11-14), estabeleceu um novo concerto (Hb.9:15-22), provendo nossa salvação de uma vez por todas (Hb 9.23-28). Sua obediência tornou eficaz Seu sacrifício (Hb.10.1-10).

9.1 - O primeiro concerto incluía um santuário terreno, o tabernáculo(v.2), no qual eram oferecidas ordenanças de um culto divino.

9.2-5 - Esses versículos descrevem de forma simples o material principal que havia no tabernáculo.

 No pátio, encontravam-se um altar para o sacrifício de animais, uma bacia para lavagem cerimonial e a tenda em si( a palavra tabernáculo significa, literalmente, tenda).

O tabernáculo era dividido em dois cômodos por um véu.

A primeira parte era o santuário,  ou Lugar Santo, onde ficava o candelabro, a mesa com os pães da proposição (face ou presença) e o altar de incenso.

O segundo cômodo (mais íntimo) era o Santo dos Santos v.3, onde se achava a arca do concerto, ou arca da aliança, na qual estavam guardados os símbolos do pacto feito por Deus com Israel por meio de Moisés.

O vaso do maná lembrava o povo de Israel da provisão miraculosa de Deus para ele no deserto.

A vara de Arão era sinal de autoridade do sacerdócio. Deus havia ordenado que Arão e seus filhos fossem os representantes do povo perante Ele.

As tábuas eram os Dez Mandamentos, dados à nação no monte Sinai. Sobre a arca ficava o propiciatório, lugar onde Deus tornava Sua presença conhecida.

(Propiciatório = Santuário).

 Incensário de ouro.  Estava  ao lado do véu que separava o Santo dos Santos do Lugar Santo.

Por causa de sua função, no entanto, o incensário era normalmente associado no Santo dos Santos (Êx.30.6; 40.6).

9.6 - Entravam os sacerdotes no Lugar Santo pela manhã e à tarde para queimar incenso no altar de ouro e acender as  lâmpadas (Êx.30.7,8).

Toda semana, no Sábado, eram trocados os pães da proposição (Lv.24.5-8).

 9.7 - Só o Sumo Sacerdote podia entrar no Santo dos Santos, uma vez por ano, no Dia da Expiação, e oferecia sangue sacrificial por si mesmo e pelas culpas do povo de Israel (Lv.16).

No antigo concerto, o acesso a Deus era limitado (compare com as promessas do novo concerto em Hb.8.10,11).

9.8 - O fato de que o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos apenas uma vez por ano indica o evidente propósito divino de a Lei não visar levar os crentes à presença de Deus.

9.9 - O tabernáculo era uma alegoria, uma (representação) ilustração das verdades espirituais.

Para o tempo presente se refere à época do tabernáculo, ou seja, a do Antigo Testamento. Não podem aperfeiçoar. O concerto feito mediante Moisés cobria temporariamente os pecados e a culpa v.7, mas não os pecados premeditados, tampouco o pecado inato de todas as pessoas (Sl.51). Em outras palavras, o sistema era falho, não reconciliava o pecador com Deus.

 9.10 - Justificações da carne -  Isso indica que eram ordenanças externas e temporárias, aqui é realçada novamente a natureza temporária do concerto de Moisés.

 9.11-14 - O primeiro concerto v.1 contava com um santuário vv 2-5 e um serviço de adoração sacrificial vv. 6-10.

Cristo, do mesmo modo, teve santuário v.11 e ofereceu sacrifício vv.12-14.

9.11 - O tabernáculo de Cristo é perfeito, vv.1-5 os bens futuros incluem o acesso a Deus Hb.8.10-12.

 9.12 - A cerimônias sacrificial do sacerdote levítico alcançava um tipo de redenção simbólica, limitada e recorrente.

Cristo, por seu próprio sangue, alcançou para nós eterna salvação.

 Seu sacrifício jamais precisará ser repetido, porque foi, é perfeito. Milhões e milhões de sacrifícios de animais para a expiação dos pecados foram dispensados e substituídos pelo sacrifício único e culminante de Jesus, nosso perfeito Salvador.

Seu sangue derramado é o caminho de acesso a Deus.

 9.13 - De acordo com a lei, o sangue de touros e bodes dos sacrifícios feitos no  Dia da Expiação era um pagamento temporário pelos pecados do povo v.12. Já a cinza de uma novilha, misturada com água, era usada para a purificação  de alguém que tivesse se tornado imundo, pela lei, por haver tocado uma pessoa morta (Nm.19), estas cerimônias alcançavam apenas o exterior do ser, não o seu coração.

 9.14 -  O Espírito eterno é o Espírito Santo - as três pessoas da Trindade estão envolvidas na purificação.

Purificará a vossa consciência. A contaminação espiritual de alguém é interna, não externa v.13. A morte de Jesus tem o poder de purificar a mente e a alma da pessoa.

Obras mortas referem-se aos rituais da Lei de Moisés, que não podiam dar vida Hb.6.1.

O autor aos Hebreus conclama seus leitores a libertarem suas consciências das regras da lei e se apegarem a Cristo, para sua purificação e servir a Deus vivo, verdadeiramente.

9.15 - O Novo Testamento apresenta duas bênçãos para o crente: redenção e herança.

os crentes recebem redenção  dos pecados cometidos sob a lei. Cristo pagou o preço para libertar de nosso próprio pecado.

Sua morte substitui nossa morte, a pena pelos nossos pecados.

Como os israelitas, os cristãos recebem uma herança, porém, a herança é eterna v.14.

Ao imitar a fé e a paciência de Abraão, os cristãos têm a garantia de que herdarão as maravilhosas promessas que Deus lhes fez. Hb.6.12; 8.6-12.

9.16,17 - Testamento significa uma vontade manifesta legalmente. Antes que a vontade manifesta em um testamento tenha efeito, aquele que fez o testamento deve morrer.

 9.18-21 - O testamento feito mediante Moisés foi ratificado pelo sangue, isto é, pela morte. Não, porém, a morte daquele que o fazia o testamento, mas dos animais oferecidos como sacrifícios a Deus Êx.24.1-8.

 Para confirmar a proposição de que a morte é necessária para ratificação de um testamento, o autor ilustra o assunto recorrendo à ratificação  do antigo concerto Êx. 24.3-8.

9.22 - Aqui há  a interpretação de que existiam exceções para a purificação com sangue Lv.5.11-13, mas eram poucas em comparação com a importância dos sacrifícios feitos para remissão de pecados Lv.17.11.

 9.23 - Se as figuras tinham de ser purificadas pelo sangue, então um sacrifício ainda melhor era necessário para a realidade do verdadeiro santuário.

 9.24 - O sacrifício de Cristo foi melhor do que os feitos sob o antigo concerto porque, ao fazê-lo, Ele não entrou em um santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas ingressou no verdadeiro santuário, que está no céu- perante a face de Deus.

9.25,26 - O sacrifício de Cristo foi melhor do que os feitos sob o antigo concerto porque Ele não ofereceu sacrifício de animais periódico, anual, mas ofereceu sacrifício de si mesmo e de uma só vez.

Na consumação dos séculos. A vinda de Cristo marca o ponto mais alto  da época do Antigo Testamento.

 9.27,28 - Como as pessoas morrem uma única vez, Cristo morreu uma só vez - não como os repetitivos sacrifícios do sistema levítico. Todavia, diferente das demais pessoas, Cristo não morreu e enfrentou o juízo. Ele morreu uma vez para a salvação Hb. 1.14

Aqueles que o esperam não são propriamente todos aqueles que se dizem crentes, mas somente os que se mantêm até o fim.

 

Fonte:

Bíblia Batalha Espiritual - Editora Central Gospel;

Bíblia da Liderança - Maxwell;

Comentário Bíblico do Novo Testamento;

Dicionário da Língua Portuguesa. Aurélio.

Pr. José Lopes de Oliveira

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

AS RAÇAS PROCEDENTES DOS TRÊS FILHOS DE NOÉ

Segundo o esquema de Paul E. Ilhrke de Chicago, E.U.A com base em Os descendentes de Cão Gn. 10:6-20 quatro raças originaram-se dos quatro filhos de Cão. Essas por sua vez subdividiram-se depois.  Povoaram as terra da África, da Arábia oriental, da costa oriental do Mar Mediterrâneo, e do grande vale dos rios Tigre e  Eufrates. Não há provas para afirmar que todas as raças descendentes de Cão eram negras. As primeiras monarquias orientais eram dos descendentes de Cão, por Cuxe. Existe uma opinião que alguns dos descendentes de Noé emigraram para a China e que de lá passaram para as Américas através do Estreito de Béringue e do Alasca. Certos cientistas são de opinião de que em algum tempo os dois continentes estivessem ligados. A distribuição da descendência de Cão - filho de Noé é a seguinte:                                                                 CÃO - FILHO DE NOÉ                                                                    Quatro Filhos                      

A HISTÓRIA DO VCC

A ESTÓRIA DO VCC Conta-se que certo caipira estava no seu trabalho rotineiro, num canavial, quando, de repente, viu brilhar três letras no céu: VCC. Muito religioso, o caipira julgou que aquelas letras significassem " Vai Cristo Chama ". Fiel à visão correu ao pastor de sua Igreja e contou-lhe o ocorrido, concluindo que gostaria de devotar o restante de sua vida à pregação do evangelho. O pastor, surpreso diante do relato disse: Mas para pregar o evangelho, é preciso conhecer a Bíblia. você conhece a Bíblia o bastante para sair pelo mundo pregando a sua mensagem? Claro que sim! - disse o homem. E qual é a parte da Bíblia que você mais gosta e conhece? As parábolas de Jesus, principalmente a do Bom Samaritano. Então, conte-a! - pede o pastor, querendo conhecer o grau de conhecimento boblico do futuro pregador do evangelho. O caipira começa a falar: Descia um homem de Jerusalem para Jericó, e caiu entre os salt
  A ESCOLA NO COTIDIANO CONSTRUINDO SABERES PARA A VIDA A Educação é um pilar fundamental no desenvolvimento humano e desempenha um papel crucial no cotidiano de cada indivíduo. Não restringindo ao ambiente escolar, a Educação permeia todas as esferas da vida, moldando valores, habilidade e perspectivas. Além disso, desde os primeiros anos, a família desempenha um papel primordial na transmissão de valores  e comportamentos, moldando a base da educação de um indivíduo. No entanto, é no cotidiano escolar que esta base é ampliada e complementada. Contudo, no âmbito escolar, a Educação não se resume apenas no aprendizado de matérias acadêmicas, mas, também ao desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais, pensamento crítico e senso de cidadania. A interação com colegas e professores enriquecendo o repertório de experiências, incentivando a colaboração, a empatia e o respeito à diversidade. com isso, a escola no cotidiano instiga as curiosidades, promovendo o hábito de aprendizado contín