9.1-10 - Os versículos de 1 a 10 do capítulo 9 descrevem os sacrifícios no Dia da Expiação, no tabernáculo terreno (Lv.16). Esses sacrifícios não eram capazes de limpar a consciência.
Em contraste, o oferecimento de Cristo de si mesmo, conquistando Sua entrada no santuário celestial (Hb. 9:11-14), estabeleceu um novo concerto (Hb.9:15-22), provendo nossa salvação de uma vez por todas (Hb 9.23-28). Sua obediência tornou eficaz Seu sacrifício (Hb.10.1-10).
9.1 - O primeiro concerto incluía um santuário terreno, o tabernáculo(v.2), no qual eram oferecidas ordenanças de um culto divino.
9.2-5 - Esses versículos descrevem de forma simples o material principal que havia no tabernáculo.
No pátio, encontravam-se um altar para o sacrifício de animais, uma bacia para lavagem cerimonial e a tenda em si( a palavra tabernáculo significa, literalmente, tenda).
O tabernáculo era dividido em dois cômodos por um véu.
A primeira parte era o santuário, ou Lugar Santo, onde ficava o candelabro, a mesa com os pães da proposição (face ou presença) e o altar de incenso.
O segundo cômodo (mais íntimo) era o Santo dos Santos v.3, onde se achava a arca do concerto, ou arca da aliança, na qual estavam guardados os símbolos do pacto feito por Deus com Israel por meio de Moisés.
O vaso do maná lembrava o povo de Israel da provisão miraculosa de Deus para ele no deserto.
A vara de Arão era sinal de autoridade do sacerdócio. Deus havia ordenado que Arão e seus filhos fossem os representantes do povo perante Ele.
As tábuas eram os Dez Mandamentos, dados à nação no monte Sinai. Sobre a arca ficava o propiciatório, lugar onde Deus tornava Sua presença conhecida.
(Propiciatório = Santuário).
Incensário de ouro. Estava ao lado do véu que separava o Santo dos Santos do Lugar Santo.
Por causa de sua função, no entanto, o incensário era normalmente associado no Santo dos Santos (Êx.30.6; 40.6).
9.6 - Entravam os sacerdotes no Lugar Santo pela manhã e à tarde para queimar incenso no altar de ouro e acender as lâmpadas (Êx.30.7,8).
Toda semana, no Sábado, eram trocados os pães da proposição (Lv.24.5-8).
9.7 - Só o Sumo Sacerdote podia entrar no Santo dos Santos, uma vez por ano, no Dia da Expiação, e oferecia sangue sacrificial por si mesmo e pelas culpas do povo de Israel (Lv.16).
No antigo concerto, o acesso a Deus era limitado (compare com as promessas do novo concerto em Hb.8.10,11).
9.8 - O fato de que o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos apenas uma vez por ano indica o evidente propósito divino de a Lei não visar levar os crentes à presença de Deus.
9.9 - O tabernáculo era uma alegoria, uma (representação) ilustração das verdades espirituais.
Para o tempo presente se refere à época do tabernáculo, ou seja, a do Antigo Testamento. Não podem aperfeiçoar. O concerto feito mediante Moisés cobria temporariamente os pecados e a culpa v.7, mas não os pecados premeditados, tampouco o pecado inato de todas as pessoas (Sl.51). Em outras palavras, o sistema era falho, não reconciliava o pecador com Deus.
9.10 - Justificações da carne - Isso indica que eram ordenanças externas e temporárias, aqui é realçada novamente a natureza temporária do concerto de Moisés.
9.11-14 - O primeiro concerto v.1 contava com um santuário vv 2-5 e um serviço de adoração sacrificial vv. 6-10.
Cristo, do mesmo modo, teve santuário v.11 e ofereceu sacrifício vv.12-14.
9.11 - O tabernáculo de Cristo é perfeito, vv.1-5 os bens futuros incluem o acesso a Deus Hb.8.10-12.
9.12 - A cerimônias sacrificial do sacerdote levítico alcançava um tipo de redenção simbólica, limitada e recorrente.
Cristo, por seu próprio sangue, alcançou para nós eterna salvação.
Seu sacrifício jamais precisará ser repetido, porque foi, é perfeito. Milhões e milhões de sacrifícios de animais para a expiação dos pecados foram dispensados e substituídos pelo sacrifício único e culminante de Jesus, nosso perfeito Salvador.
Seu sangue derramado é o caminho de acesso a Deus.
9.13 - De acordo com a lei, o sangue de touros e bodes dos sacrifícios feitos no Dia da Expiação era um pagamento temporário pelos pecados do povo v.12. Já a cinza de uma novilha, misturada com água, era usada para a purificação de alguém que tivesse se tornado imundo, pela lei, por haver tocado uma pessoa morta (Nm.19), estas cerimônias alcançavam apenas o exterior do ser, não o seu coração.
9.14 - O Espírito eterno é o Espírito Santo - as três pessoas da Trindade estão envolvidas na purificação.
Purificará a vossa consciência. A contaminação espiritual de alguém é interna, não externa v.13. A morte de Jesus tem o poder de purificar a mente e a alma da pessoa.
Obras mortas referem-se aos rituais da Lei de Moisés, que não podiam dar vida Hb.6.1.
O autor aos Hebreus conclama seus leitores a libertarem suas consciências das regras da lei e se apegarem a Cristo, para sua purificação e servir a Deus vivo, verdadeiramente.
9.15 - O Novo Testamento apresenta duas bênçãos para o crente: redenção e herança.
os crentes recebem redenção dos pecados cometidos sob a lei. Cristo pagou o preço para libertar de nosso próprio pecado.
Sua morte substitui nossa morte, a pena pelos nossos pecados.
Como os israelitas, os cristãos recebem uma herança, porém, a herança é eterna v.14.
Ao imitar a fé e a paciência de Abraão, os cristãos têm a garantia de que herdarão as maravilhosas promessas que Deus lhes fez. Hb.6.12; 8.6-12.
9.16,17 - Testamento significa uma vontade manifesta legalmente. Antes que a vontade manifesta em um testamento tenha efeito, aquele que fez o testamento deve morrer.
9.18-21 - O testamento feito mediante Moisés foi ratificado pelo sangue, isto é, pela morte. Não, porém, a morte daquele que o fazia o testamento, mas dos animais oferecidos como sacrifícios a Deus Êx.24.1-8.
Para confirmar a proposição de que a morte é necessária para ratificação de um testamento, o autor ilustra o assunto recorrendo à ratificação do antigo concerto Êx. 24.3-8.
9.22 - Aqui há a interpretação de que existiam exceções para a purificação com sangue Lv.5.11-13, mas eram poucas em comparação com a importância dos sacrifícios feitos para remissão de pecados Lv.17.11.
9.23 - Se as figuras tinham de ser purificadas pelo sangue, então um sacrifício ainda melhor era necessário para a realidade do verdadeiro santuário.
9.24 - O sacrifício de Cristo foi melhor do que os feitos sob o antigo concerto porque, ao fazê-lo, Ele não entrou em um santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas ingressou no verdadeiro santuário, que está no céu- perante a face de Deus.
9.25,26 - O sacrifício de Cristo foi melhor do que os feitos sob o antigo concerto porque Ele não ofereceu sacrifício de animais periódico, anual, mas ofereceu sacrifício de si mesmo e de uma só vez.
Na consumação dos séculos. A vinda de Cristo marca o ponto mais alto da época do Antigo Testamento.
9.27,28 - Como as pessoas morrem uma única vez, Cristo morreu uma só vez - não como os repetitivos sacrifícios do sistema levítico. Todavia, diferente das demais pessoas, Cristo não morreu e enfrentou o juízo. Ele morreu uma vez para a salvação Hb. 1.14
Aqueles que o esperam não são propriamente todos aqueles que se dizem crentes, mas somente os que se mantêm até o fim.
Fonte:
Bíblia Batalha Espiritual - Editora Central Gospel;
Bíblia da Liderança - Maxwell;
Comentário Bíblico do Novo Testamento;
Dicionário da Língua Portuguesa. Aurélio.
Pr. José Lopes de Oliveira
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