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Teologia do Velho Testamento

TEOLOGIA – VELHO TESTAMENTO MATÉRIA - Antigo Testamento Para os judeus, a coleção dos livros bíblicos escritos antes do nascimento de Jesus Cristo é a própria Bíblia. Os cristãos denominam essa coleção de Antigo ou Velho Testamento, porque entendem que eles testemunham os acontecimentos do passado, que preparam a vinda do Cristo e a prenunciam na palavra dos profetas. Cristo é a tradução grega da palavra hebraica mashiah, messias, "ungido", o que vem para salvar a humanidade. Pentateuco O conjunto formado pelos cinco primeiros livros da Bíblia denomina-se Pentateuco -- em grego, livro em cinco volumes. Os judeus o chamam de Torá, palavra hebraica que significa lei, diretiva, instrução -- ou seja, o conjunto das instruções, ou leis de Deus, transmitidas ao povo israelita através de Moisés, o grande fundador de Israel, como povo e como religião. Gênesis O primeiro livro do Pentateuco é o Gênesis, título que se refere a seu conteúdo, que é a origem, a gênese de todas as coisas, da Terra, do homem e do cosmo. Os judeus o intitulam Be-Reshit, em alusão às palavras iniciais "No princípio". A primeira parte reporta-se, segundo a óptica monoteísta, às tradições da Mesopotâmia, região situada entre os rios Tigre e Eufrates, berço de antigas civilizações e cenário dos acontecimentos aí narrados. Inserem-se mitos e tradições populares em torno de fenômenos de ordem natural e cultural: o paraíso, o pecado original, o primeiro homicídio (Caim e Abel), o dilúvio e a aliança de Noé com Deus, a torre de Babel. A parte restante relata a história dos povos precursores dos hebreus. Trata das dez primeiras gerações, desde Adão, ancestral da humanidade, até Abraão, progenitor do povo de Israel; e deste até os 12 filhos de Jacó, chefes das 12 tribos que constituem esse povo. Êxodo O segundo livro do Pentateuco é o Êxodo, título cristão que alude ao principal tema, a saída dos judeus do Egito. O título judaico é Shemot ("Nomes"). Narra a opressão dos israelitas pelos egípcios, o surgimento de Moisés, que liderará a fuga em obediência ao comando divino, a revelação das leis de Deus impressas nas tábuas de pedra, a traição do povo, que na ausência do seu líder passa a adorar o bezerro de ouro, e a ira de Moisés, que castiga os infiéis com a ajuda dos levitas Levítico O terceiro livro é o Levítico, intitulado pelos judeus Va-Yikra ("E chamou"). Contém quatro grupos de leis: o ritual dos sacrifícios; o cerimonial de investidura dos sacerdotes; as normas que discriminam o puro do impuro; e a lei da santidade, com calendário litúrgico, bênçãos e maldições. Seu caráter eminentemente legislativo interrompe a sequência narrativa. Números A narrativa é retomada no quarto livro, intitulado Números, em alusão ao fato de enumerar as tribos de Israel. Em hebraico, denomina-se Bammidbar ("No deserto"). Relata a marcha dos judeus pelo deserto, desde a partida do Sinai, a montanha santa, precedida de um recenseamento do povo, até a chegada a Cades, de onde tentam, sem êxito, penetrar em Canaã. Chegam finalmente às estepes de Moab, defronte a Jericó, onde se estabelecem as tribos de Rúben e Gad. Deuteronômio O quinto e último livro do Pentateuco é o Deuteronômio, que significa repetição da lei, ou segunda lei. No cânon hebraico é chamado Elleh hadd barim ("Estas são as palavras"). Este livro, como a maior parte do Pentateuco, é de origem posterior. Foi elaborado por sacerdotes e profetas que se consideravam continuadores da obra de Moisés. Mesmo permanecendo anônimos, alegam a autoridade de Moisés e colocam as suas leis e exortações na boca do fundador. Livros históricos Na Bíblia cristã, esses livros estão agrupados em quatro blocos: (1) Josué, Juízes, Rute, Samuel e Reis; (2) Crônicas, Esdras e Neemias; (3) Tobias, Judite e Ester; (4) Macabeus. Na Bíblia hebraica, Josué, Juízes, Samuel e Reis são chamados profetas anteriores, para distingui-los de Isaías, Jeremias, Ezequiel e os 12 profetas menores, que são os posteriores. Chamam-se históricos porque têm como tema principal as relações de Israel com Iavé, nome pelo qual os israelitas designam Deus. Primeiro bloco O Deuteronômio, último livro do Pentateuco, relata em seu capítulo final que, após a morte de Moisés, "Josué, filho de Nun, estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés lhe impusera as mãos." Eis por que Josué é o primeiro dos livros históricos, pois seu relato dá imediata continuidade ao Deuteronômio. Mostra como o povo eleito instalou-se na terra prometida, Canaã, depois de atravessar o Jordão. Por meio da conquista de Jericó, os israelitas, comandados por Josué, apropriam-se da nova terra, cuja posse vai ser mantida enquanto houver obediência à lei. É feita a divisão da terra entre as tribos transjordânicas e cisjordânicas, que testemunham sua unidade pelo altar comum dedicado a Iavé. Com a morte de Josué, os filhos de Israel consultam Iavé sobre quem os dirigirá doravante, e recebem como resposta o destaque da tribo de Judá. Assim começa o segundo livro histórico, Juízes, cujo nome se refere aos heróis da libertação, chefes escolhidos por Deus para governar seu povo, no período entre a morte de Josué e a entronização de Saul, primeiro rei de Israel. Rute, o terceiro livro histórico, narra a conversão da moabita Rute, seu casamento com Booz e o nascimento de seu filho, Obed, que será o avô de Davi. É um livro de genealogia judaica, de Farés até o rei Davi. Os dois livros de Samuel, que na Bíblia hebraica constituem um só, relata o início do período monárquico. Foi Samuel, chefe religioso dos israelenses, quem ungiu o primeiro rei, Saul, seu sucessor, Davi, e quem os repreendeu por seus pecados. Os dois livros dos Reis, quinto dos históricos, formam, como os de Samuel uma só obra na Bíblia hebraica. Seu relato abrange um longo período, que vai de Samuel até à queda de Jerusalém, e o cativeiro na Babilônia. Segundo bloco Crônicas, Esdras e Neemias formam um segundo grupo de livros históricos, que repetem e prolongam os relatos constantes dos livros anteriores. As Crônicas, tanto na Bíblia hebraica quanto na edição da Vulgata, recebem o nome de Paralipômenos, ou seja, livros que relatam as coisas omissas. Referem-se à época em que o povo judeu, que perdera a independência política, lutava por viver segundo as normas de sua lei religiosa. Contêm as listas genealógicas das tribos israelitas, desde Adão até Davi, um relato sobre o governo deste último e sobre o governo de Salomão -- com ênfase na construção do templo -- e a história do reino de Judá, até sua destruição. Esdras e Neemias narram a volta dos judeus da Babilônia e a reconstituição de Jerusalém. Terceiro bloco O terceiro grupo dos livros históricos compõe-se de Tobias, Judite e Ester. Os dois primeiros não foram admitidos nem pela Bíblia hebraica nem pelos protestantes. Para a Igreja Católica, são deuterocanônicos, admitidos depois do sínodo romano do ano 382. Os três livros são cheios de inconsistências históricas, misturam datas e lugares e apresentam omissões. No entanto, são extremamente bem escritos, de leitura agradável e absorvente, e inspiram-se em relatos patriarcais do Gênesis. Tobias é uma história edificante, em que se ressaltam a caridade, os deveres para com os mortos e o sentimento familiar. Judite conta a vitória do povo eleito contra seus inimigos, graças à coragem de uma mulher. O mesmo enredo é o tema de Ester, em que se evidencia a hostilidade que os judeus provocavam no mundo antigo, devido à singularidade de sua vida. Quarto bloco O último grupo dos históricos é formado pelos dois livros dos Macabeus, que não fazem parte do cânon judaico e do protestante e são deuterocanônicos para os católicos. O título refere-se a Judas Macabeu, filho do sacerdote Matatias, e seus seguidores, que lutaram pela liberdade religiosa de Israel contra Antíoco, rei dos selêucidas. É sobretudo impressionante o martírio da mãe e dos sete filhos, que preferiram a tortura e a morte a ter que transgredir a lei. O sacrifício serviu de incentivo à luta organizada por Matatias. Os dois livros não têm, em seu conjunto, um relato contínuo, e seu estilo literário é diferente. Livros poéticos e sapienciais Esse conjunto divide-se em dois grupos: os sapienciais -- Jó, Provérbios, Eclesiastes, Eclesiástico e Sabedoria; e os poéticos -- Salmos e Cântico dos Cânticos. O primeiro grupo apresenta menos considerações religiosas que profanas, pois preocupa-se com a arte de bem viver, no sentido amplo do termo. Entretanto, essa sabedoria é, em última análise, o temor a Deus, que se expressa na piedade. A obra-prima desse conjunto é o livro de Jó, história de um homem justo, que permanece heroicamente fiel a Deus, apesar das provações excepcionais a que é submetido. O livro que melhor tipifica a sabedoria de Israel é o dos Provérbios, que representa vários séculos de reflexão dos sábios judeus. Livros proféticos O último conjunto de livros do Antigo Testamento refere-se a uma das instituições mais antigas da cultura dos povos semíticos: a profecia. A própria convicção de acreditar-se povo escolhido por Deus já constituía uma premissa suficiente para o surgimento de profetas, como intermediários especialmente enviados para transmitir a palavra divina. Os profetas representaram um papel decisivo para a propagação da moralidade judaica e do monoteísmo. A filosofia mosaica determinou o caráter fundamental das profecias, que é seu conteúdo moralizante. O motivo central do discurso profético é o ataque à corrupção religiosa e social, vista como prenúncio de graves problemas para a nação. Na perspectiva, porém, do castigo anunciado, surge sempre a esperança de uma futura conversão, e da eterna fidelidade de Deus a sua aliança com Israel, garantia de felicidade perene, na era messiânica. As declarações dos profetas eram inicialmente verbais, mas a partir do século VIII a.C. passaram a contar com registros escritos. . Profetas maiores As palavras de Isaías ressoam como uma profissão de fé em sua missão profética: "O espírito do Senhor Iavé está sobre mim, porque Iavé me ungiu; enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres, a curar os quebrantados de coração e proclamar a liberdade aos cativos, a libertação aos que estão presos..." Nascido em 765 a.C., aos 25 anos Isaías recebeu, no templo de Jerusalém, a missão de anunciar a ruína de Judá e Israel, em castigo pelas infidelidades de seu povo. Profetas menores Os 12 livros dos profetas menores foram escritos durante um período muito extenso -- do século VIII ao III a.C. -- e por isso constituem fonte inestimável para o conhecimento da antiga civilização judaica, em seus aspectos sociais, religiosos e políticos. A ordem em que aparecem não é a mesma nas versões cristãs da Bíblia -- a Vulgata e a Setenta -- que por sua vez diferem da adotada pelo texto massorético. Em nenhuma das três a ordem observada é a cronológica. Na tradição hebraica, são conhecidos pelo nome de tere asar, que na língua aramaica significa 12, e estão colocados logo depois do livro de Ezequiel. MATÉRIA - NOVO TESTAMENTO OS EVANGELHOS Apresentam Jesus Cristo como Nosso Salvador e Senhor Os quatro evangelistas contaram a mesma história, cada qual a seu modo. PORQUE SE CHAMAM SINÓTICOS A palavra “Evangelho” vem de duas palavras gregas, “eu” e “anggelion”, e significa “boas-novas”. Os quatro autores são chamados evangelistas, de uma palavra grega que significa portadores de boas-novas. Os três primeiros Evangelhos, Mateus, Marcos e Lucas são chamados Evangelhos Sinóticos porque, ao contrário de João, apresentam uma sinopse da vida de Cristo. A palavra “sinopse” vem de duas palavras gregas que significam ver em conjunto, ver coletivamente. Por isso estes três Evangelhos podem ser vistos em conjunto. Os sinóticos apresentam semelhanças e diferenças impressionantes. Narram o ministério de Jesus principalmente na Galiléia; enquanto o de João está numa classe à parte, pois narra o seu ministério na Judéia. Os sinóticos narram seus milagres, parábolas e mensagens dirigidas às multidões, enquanto o de João apresenta seus discursos mais profundos e abstratos, suas conversas e orações. Os três apresentam Cristo em ação, o de João retrata Cristo em meditação e comunhão. Todos os profetas do Antigo Testamento asseguraram muitas vezes ao povo escolhido de Deus que o Messias viria e seria o Rei dos Judeus. Por isso esperavam com ansiedade e patriotismo a desse Rei com pompa e poder. Lemos em Isaías 7:14: Portanto o Senhor mesmo vos dará sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel Deus conosco. E dele que os evangelistas nos falam. Os Evangelhos apresentam Jesus em nosso meio. João diz: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós (João 1:14). Imagine só, Deus descendo dos céus para viver entre os homens. Parece que os Evangelhos são o centro de toda a Bíblia. Tudo que os profetas disseram leva-nos à vida e à obra terrena de nosso Senhor e tudo o que vem depois, nas Epístolas, procede dos Evangelhos. Os Evangelhos contam-nos QUANDO e COMO Cristo veio. As Epístolas contam-nos POR QUÊ e PARA QUÊ Cristo veio. A BÍBLIA NUM RELANCE O Dr. William H. Griffith Thomas sugere quatro palavras, a fim de ajudar-nos a ligar toda a revelação de Deus. PREPARAÇÃO... No Antigo Testamento Deus prepara para a vinda do Messias. MANIFESTAÇÃO ... Nos quatro Evangelhos, Cristo entra no mundo, morre pelo mundo e funda a sua Igreja. APROPRIAÇÃO. . . Nos Atos e nas Epístolas, são apresentadas maneiras pelas quais o Senhor Jesus foi recebido, apropriado e aplicado à vida das pessoas. CONSUMAÇÃO . . . No Apocalipse revela-se o resultado do plano perfeito de Deus. O QUE É O EVANGELHO? Evangelho quer dizer “boas-novas”. As boas-novas a respeito de Jesus Cristo, o Filho de Deus, são-nos apresentadas por quatro autores: Mateus, Marcos, Lucas e João, embora exista só um Evangelho, a bela história da salvação por Jesus Cristo, nosso Senhor. A palavra “Evangelho” nunca é usada no Novo Testamento para referir-se a um livro. Significa sempre “boas-novas”. Quando falamos do Evangelho de Lucas, devemos compreender que se trata das boas-novas de Jesus Cristo conforme foram registradas por Lucas. Entretanto, desde os tempos antigos o termo “evangelho” tem sido usado com referência a cada uma das quatro narrativas da vida de Cristo. Originalmente as boas novas eram transmitidas verbalmente, de boca a boca, mas foi necessário escrevê-las para que fossem retratadas fielmente. Muitos tentaram mas falharam, mas os escritores do N.T. foram fiéis e inspirados (Lc 1:1-4). Há, portanto, somente um Evangelho, apresentado de quatro maneiras. Quatro retratos de Cristo são focalizados. Eles apresentam uma Personalidade mais do que a história conjunta de uma vida. POR QUE QUATRO EVANGELHOS? A pergunta que naturalmente surge é a seguinte: Por que Não teria bastado uma só narrativa direta e continua? Não teria sido simples e claro? Isso não nos teria poupado algumas das dificuldades surgidas em torno do que alguns têm chamado de narrativas divergentes? A resposta é simples. Uma ou duas pessoas não nos teriam dado retrato completo da vida de Cristo. Há quatro ofícios distintos de Cristo apresentados nos Evangelhos. Ele é apresentado como: Rei em Mateus, Servo em Marcos, Filho do homem em Lucas e Filho de Deus em João. Percebemos a beleza da diversidade que os Evangelhos apresentam da vida de Cristo. Nenhum dos quatro Evangelhos é completo em si mesmo (Jo 21:25), mas a combinação dos quatro é como um vista tridimensional das diversas facetas do Mestre, de modo que juntos, e equilibradamente, eles nos proporcionem a narrativa completa e fiel da vida de Cristo. Há quatro Evangelhos mas um Cristo, quatro narrativas com um propósito e quatro esboços de uma Pessoa. JESUS NOS QUATRO EVANGELHOS Guarde este esboço e você nunca mais se esquecerá do conteúdo do Evangelho. REI . . . Mateus apresenta Jesus como Rei. Foi escrito em primeiro lugar, para os judeus. Ele é o Filho de Davi. Sua genealogia real é dada no capítulo 1. Nos capítulos 5 a 7, no Sermão do Monte, temos o manifesto do Rei, contendo as leis do seu reino. SERVO . . . Marcos descreve Jesus como Servo. Escrito para os romanos, não contém genealogia. Por quê? Ninguém está interessado na genealogia de um servo. Achamos mais milagres aqui do que em qualquer outro Evangelho. Os romanos pouco se interessavam por palavras; muito mais por ações. HOMEM ... Lucas mostra Jesus como o Homem perfeito. Escrito para os gregos, sua genealogia vai até Adão, o primeiro homem, em vez de Abraão. Como Homem perfeito, vemo-lo constantemente em oração e os anjos servindo-o. DEUS . . . João retrata Jesus como Filho de Deus. Escrito para todos os que hão de crer, com o propósito de levar os homens a Cristo (João 20:31), tudo nesse Evangelho ilustra e demonstra seu relacionamento com Deus. Os versículos iniciais nos transportam ao “princípio”. O Dr. Griffith Thomas apresenta assim os Evangelhos: Mateus ocupa-se com a vinda de um Salvador Prometido. Marcos ocupa-se com a vida de um Salvador Poderoso. Lucas ocupa-se com a graça de um Salvador Perfeito. João ocupa-se com a posse de um Salvador Pessoal. Outra resposta à pergunta: “Por que quatro Evangelhos?”, encontramos nas próprias Escrituras, onde certos números são usados com precisão, exatidão e sentido real. Sabemos que sete é o número da perfeição; três o da divindade; quarenta o da provação. Quatro é o número da terra. Vejamos alguns exemplos. Há quatro pontos cardeais; há quatro estações do ano; na parábola do semeador havia quatro espécies de solo. Mais tarde Cristo acres_ta O campo é o mundo. Se quatro é o número da terra, como é adequado que o Espírito Santo nos houvesse dado quatro Evangelhos para descrever o ministério terreno daquele que desceu do céu. Todos os Evangelhos estão ligados às promessas do Messias no Antigo Testamento. Não se podem explicar os Evangelhos à parte das grandes profecias messiânicas do Antigo Testamento. Os profetas traçaram um retrato magnífico do Messias. Falaram seus ofícios, missão, nascimento, paixão, morte, ressurreição e glória. Consideremos os nomes e títulos que os profetas lhe atribuíram. Ele é chamado Rei - Salmo 72; Isaías 9:6, 7; 32:1; Jeremias 23:5; Zacarias 9:9; 14:9. Estas passagens, entre outras, falam da função real do Messias. Os profetas falam muito do seu reino, da extensão desse reino e do triunfo final de Cristo. Ele é chamado Servo de Jeová - Isaías 42:1-7; 52;13-15; 53. Ele é chamado o Homem e o Filho do homem - Gênesis 3:15; Isaías 7:14-16; 9:6. Ele é chamado Deus - Isaías 9:6; 40:3-5; 47:4; Jeremias 23:6. Os Evangelhos apresentam Jesus nesses quatro aspectos. MATEUS Apresenta Jesus Cristo, o Messias Prometido. O objetivo especial de Mateus no seu Evangelho é mostrar aos judeus que Jesus é o tão esperado Messias, o Filho de Davi, e que sua vida é o cumprimento das profecias do Antigo Testamento. O propósito é dado no primeiro versículo: "LIVRO da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.". Esta declaração une Cristo às duas alianças que Deus fez com Davi e Abraão. A aliança de Deus com Davi consistia na promessa de um Rei que se assentaria no seu trono para sempre (2 Samuel 7:8-13). A aliança de Deus com Abraão prometia que através dele todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 12:3). O filho de Davi seria Rei. O filho de Abraão seria Sacrifício. Mateus começa com o nascimento de um Rei e termina com o oferecimento de um Sacrifício. Desde o princípio Jesus está ligado à nação judaica. Mateus foi sábio em não excluir os judeus que pudessem ler a história. Procura convencê-los de que Jesus era o cumprimento de todas as profecias feitas a respeito do seu Messias prometido. Mais do que qualquer dos outros evangelistas, ele cita com frequência o Antigo Testamento. Aparecem vinte e nove citações. Em treze delas ele diz que o acontecimento se deu para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta. MARCOS Apresenta Jesus Cristo, o Servo de Deus. AUTOR João, cujo sobrenome era Marcos, é o autor (Atos 12:12, 25). Era filho de Maria e primo de Barnabé (Colossenses 4:10); provavelmente, natural de Jerusalém. Acompanhou Paulo e Barnabé a Antioquia, e foi causa da desavença entre eles (Atos 12:25; 13:5). Nessa ocasião deixou-os, talvez devido a dificuldades surgidas (Atos 13:13). Mais tarde tornou-se de grande proveito para Paulo (Colossenses 4:10,11; 2 Timóteo 4:11). Acredita-se que os discípulos se reuniram no cenáculo da casa da mãe de Marcos, em Jerusalém. Pedro foi instrumento da sua conversão e afetuosamente o trata da “meu filho” (1 Pedro 5:13). Percebe-se a influência do ensino de Pedro neste Evangelho. O PROPÓSITO Em Marcos 10:45 encontramos o objetivo do autor ao escrever o Evangelho: "Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos". Ao contrário de Mateus, Marcos não estava procurando provar certas declarações e profecias a respeito de Jesus. Seu único objetivo foi narrar claramente determinados fatos a respeito de Jesus; seus atos mais do que suas palavras. Ele prova que Jesus é o Filho de Deus, não por declarar que ele veio à terra, mas mostrando o que ele realizou durante a sua breve carreira terrena e como sua vinda transformou o mundo. Há uma aceitação geral de que o Evangelho de Marcos foi escrito para leitores romanos. O romano era diferente do judeu. Caracterizava-se por forte espírito prático. Consequentemente, sua religião tinha de ser prática. Não tinha nenhum interesse em buscar no passado as raízes de sua crença. Era indiferente a genealogias e cumprimentos de profecia. Não tinha interesse por dogmas judaicos. Marcos é bem diferente de Mateus, tanto em sua natureza como em seu propósito. E o mais curto dos Evangelhos. Mateus tem 28 capítulos, é cheio de parábolas, e apresenta Jesus Filho de Davi, com dignidade e autoridade reais (28:18). Marcos tem 16 capítulos, e só registra quatro parábolas; apresenta a Cristo como o Servo de Jeová humilde, mas perfeito. Os anjos aparecem para servi-lo. LUCAS Apresenta Jesus Cristo, o Filho do Homem O autor do terceiro Evangelho foi o médico chamado Lucas, companheiro de Paulo (Atos 16:10-24; 2 Timóteo 4:11; Colossenses. Era natural da Síria. É fácil ver que Lucas era homem culto e observador perspicaz. Ficamos sabendo que Atos dos Apóstolos foi escrito pelo autor do terceiro Evangelho (Atos 1:1). O Evangelho de Lucas foi escrito para os gregos. Ele era diferente dos outros dois em muitos aspectos. Possuía cultura mais ampla, amava o belo, a retórica e a filosofia. Lucas, grego culto, era o homem talhado para essa tarefa. Apresenta Jesus como o ideal da perfeita varonilidade, o Homem perfeito. Em Lucas vemos Deus manifesto na carne. Ele trata da humanidade nosso Senhor. Revela o Salvador como homem, com toda a compaixão, seus sentimentos e poderes crescentes - um Salvador adequado a todos. Neste Evangelho vemos o Deus da glória descer ao nosso nível, assumir nossas condições e sujeitar-se às nossas circunstâncias. Lucas é o Evangelho da varonilidade de Cristo. Mas devemos lembrar que embora Jesus se misturasse com os homens, ele apresenta um profundo contraste com eles. Era o Deus-homem solitário. Havia uma grande diferença entre Cristo como Filho de Deus e nós, filhos de Deus. A diferença não é só relativa, mas absoluta. As palavras do anjo a Maria: O ente santo que há de nascer (Lucas 1:35) referem-se à humanidade de nosso Senhor, em contraste com a nossa. Nossa natureza humana é impura (Isaias 64:6), mas o Filho de Deus, quando se encarnou, era “santo”. Adão, no estado anterior à queda, era inocente, mas Cristo era “santo”. De conformidade com o tema de seu Evangelho, o Dr. Lucas dá-nos informações minuciosas quanto ao nascimento miraculoso de Jesus. Cristo, o Criador deste universo, entrou no mundo como qualquer outro homem. Só Lucas nos conta a história da visita dos pastores (Lucas 2:8-20). Deste Evangelho aprendemos que, como menino, Jesus se desenvolveu naturalmente (Lucas 2:40-52). Como criança, era sujeito a José e Maria (2:51). Só Lucas conta a visita de Jesus ao templo aos doze anos. Como homem, trabalhou com as mãos, chorou sobre a cidade, ajoelhou-se em oração, e conheceu a agonia do sofrimento. Tudo isso é profundamente humano. Cinco dos seis milagres foram milagres de cura. Só Lucas fala da cura da orelha de Malco (Lucas 22:51). Lucas é o Evangelho dos desprezados. É ele quem nos conta do bom samaritano (10:33), do publicano (18:13), do filho pródigo (15:11-24), de Zaqueu (19:2), e do ladrão na cruz (23:43). É o autor que mais tem o que dizer sobre a mulher (capítulos 1 e 2). Ele menciona a compaixão de Jesus pela viúva de Naim, e a sua profunda misericórdia pela mulher pecadora. Sua consideração por mulheres e crianças é demonstrada em 7:46; 8:3; 8:42; 9:38; 10:38-42; 11:27; 23:37. Só Lucas nos conta que quando Jesus contemplou a cidade de Jerusalém, ele chorou sobre ela; só ele nos conta do suor de sangue no Getsêmani; da sua misericórdia revelada pelo ladrão moribundo na cruz. Só Lucas menciona a caminhada com os dois a Emaús. Lucas é um livro poético. Abre com um hino: “Glória a Deus!” Encerra com um hino: “E estavam sempre no templo, louvando a Deus.” Lucas fala mais das orações de nosso Senhor que qualquer outro evangelho. A oração é a expressão da dependência de Deus. Por há tanta atividade na igreja e tão poucos resultados de conversões reais para Deus? Porque corremos muito de cá para lá e oramos muito pouco. Através de Simeão aprendemos que também os gentios têm acesso à graça de Cristo (Lucas 2:32). Cristo enviou os setenta discípulos não só às ovelhas perdidas da casa de Israel, mas a “cada cidade e lugar” (10:1). Todo o ministério de Jesus do lado ocidental do Jordão foi para os gentios. JOÃO Apresenta Jesus Cristo, Filho de Deus. João escreveu para provar que Jesus era o Cristo, o Messias prometido (para os judeus) e o Filho de Deus (para os gentios); tinha em mira levar os seus leitores a crer nele a fim de que, crendo, tivessem vida em seu nome (João 20:31). A palavra-chave é crer. Encontra-se, em suas diversas formas, quase cem vezes no livro. O tema do Evangelho de João é a divindade de Jesus Cristo. Aqui mais do que em qualquer outro lugar, a sua divina filiação é apresentada. Neste Evangelho vemos que “o infante de Belém” não é outro senão o “unigênito do Pai”. São incontáveis no livro as evidências e provas desse fato. Apesar de que todas as coisas foram feitas por ele e de que a vida estava nele, todavia, o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Nenhum homem podia ver a Deus, por isso Cristo veio para revelá-lo. ATOS Apresenta Jesus Cristo como o Senhor Redivivo Lucas, em seu Evangelho, mostra o que Cristo COMEÇOU a fazer na terra; Atos mostra o que ele CONTINUOU a fazer através do seu Espírito Santo. A ascensão de nosso Senhor é a cena final de Lucas e a cena inicial em Atos (Lucas 24:49-51; Atos 1:10, 11). EVANGELHOS E ATOS Os Evangelhos apresentam o Filho do homem, que veio morrer por nossos pecados. Atos mostra a vinda do Filho de Deus no poder do Espírito Santo. Os Evangelhos apresentam o que Cristo começou a fazer. Atos mostra o que ele continuou fazendo através do Espírito Santo, por meio dos seus discípulos. Os Evangelhos mencionam o Salvador crucificado e ressuscitado. Em Atos ele é apresentado com o Senhor exaltado. Nos Evangelhos ouvimos os ensinos de Cristo. Em Atos vemos o efeito dos seus ensinos na vida dos apóstolos. Atos não é o registro dos atos dos apóstolos, porque nenhuma narrativa extensa é apresentada dos apóstolos, com exceção de Pedro e Paulo. Ele registra os atos do Espírito Santo através dos apóstolos. ROMANOS Apresenta Jesus Cristo, Justiça Nossa. Iniciamos agora o estudo das epístolas do Novo Testamento. Das vinte e uma, treze foram escritas por Paulo; por isso se chamam Epístolas Paulinas. Ele escreveu essas cartas às igrejas de Tessalônica, Galácia, Corinto e Roma durante as suas viagens missionárias. Quando prisioneiro em Roma, escreveu Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. Por último, escreveu as cartas a Timóteo e a Tito. Paulo nasceu em Tarso, de origem puramente judaica. Seu mestre foi o grande Gamaliel. Como todo menino hebreu, aprendeu um ofício - era fabricante de tendas. Em Jerusalém, esteve presente no apedrejamento de Estêvão, o primeiro mártir cristão. Aquela cena, sem dúvida, causou profunda impressão no jovem Saulo. A caminho de Damasco, com a finalidade de perseguir os cristãos, o jovem fariseu teve um encontro frontal com Jesus Cristo! Depois da sua miraculosa conversão, foi batizado e recebeu a comissão de pregar o Evangelho. Retirou-se para a Arábia, onde passou três anos em estudo e preparação. Depois de trabalhar três anos em Tarso e um ano em Antioquia, dirigido pelo Espírito Santo, Paulo tornou-se o grande missionário aos gentios. Em suas três viagens missionárias, fundou muitas igrejas e escreveu as epístolas. A cidadania romana, a cultura grega e a religião hebraica prepararam-no maravilhosamente para a grande obra, mas ele confiou somente na graça e no apostolado que recebeu diretamente de Jesus Cristo (1:5). Após uma vida cheia de sacrifício e sofrimento, selou seu testemunho com o próprio sangue. A tradição diz que foi decapitado em Roma, e seu corpo enterrado nas catacumbas. I CORÍNTIOS Apresenta Jesus Cristo como Senhor Nosso O nome “Senhor” tem lugar proeminente neste livro (1:31; 2:8, 3:20; 4:4; 5:4,5; 6:13; etc.). Este fato tem profunda significação, porque muito da confusão que penetrou na igreja de Corinto se deveu ao fato de os crentes deixarem de reconhecer Jesus Cristo como Senhor. Escavações de arqueólogos estão revivendo Corinto. Era a cidade mais importante da Grécia nos dias de Paulo. Sua riqueza era fabulosa. Os homens passavam o tempo em torneios e discursos. Lixo, dissipação e imoralidade pública predominavam entre a população industrial e marítima dessa cidade. Corinto atraía grande número de forasteiros do Oriente e do Ocidente. Seus deuses eram deuses de prazer e luxúria. Além disso havia muita cultura e arte. A cidade possuía muitos centros de estudos linguísticos e escolas de filosofia. Como na maior parte das cidades, havia ali uma grande colônia de judeus de elevado padrão moral e que praticavam fielmente sua religião. Mas a cidade era o centro de um culto degradante a Vênus. Em Atos 18, vemos como o Evangelho alcançou essa cidade corrupta. O apóstolo Paulo associou-se a Áquila e Priscila, dois prósperos fabricantes de tendas. Ele sempre pôde prover o seu próprio sustento, ganhando o bastante para levar avante a sua obra missionária. Ele realizou um maravilhoso trabalho durante o ano e meio que passou em Corinto. Começou falando nas sinagogas a congregações mistas de judeus e gregos. A primeira carta de Paulo aos Coríntios é um livro difícil de esboçar, mas trata de assuntos maravilhosos. Porque em tudo fostes enriquecidos nele (1:5). Em Romanos, Paulo diz que foi por Cristo obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes (Romanos 5:2). Seguem-se então essas riquezas da graça em Cristo Jesus, nosso Tudo em todos. 1 Coríntios trata da conduta cristã. II CORÍNTIOS - Apresenta Jesus Cristo como Nossa Suficiência Paulo estava um tanto preocupado quanto à maneira como a Igreja de Corinto receberia sua primeira carta. Querendo saber como teriam recebido suas repreensões, ele mandou Tito, e talvez Timóteo, a Corinto para verificar o resultado da epístola. Durante a sua terceira viagem missionária, em Filipos, Tito o informou de que maioria da igreja havia recebido a carta com bom espírito. Mas alguns duvidaram dos seus motivos, e chegaram mesmo a negar o seu apostolado, dizendo que ele não tinha as credenciais necessárias a um apóstolo. Talvez pensassem assim porque ele não pertencera ao grupo original dos doze. Nessas circunstâncias, Paulo escreveu sua segunda epístola, não só para expressar sua alegria pelas notícias animadoras sobre como sua primeira epístola fora recebida, mas também para defender o seu apostolado. Nesta carta, Paulo dá mais informações pessoais do que em qualquer outra. Revela a sua coragem e o seu amor sacrificial. Trinta e uma vezes fala de “gloriar-se”, por ter sido constrangido a fazê-lo. Leia 2 Coríntios 12:11. Conta-nos algumas coisas que lhe aconteceram, que não são reveladas em nenhuma outra carta: Sua fuga de Damasco num cesto (11:32,33). A experiência do seu arrebatamento ao terceiro céu (12:1-4). O espinho na carne (12:7). Seu padecimento fora do comum (11:23-27). Ele não tinha contado nenhuma dessas coisas antes, até ser constrangido, para provar que se quisesse vangloriar-se, tinha razões fortes para isso. GÁLATAS - Apresenta Jesus Cristo, Nossa Liberdade Esta epístola demonstra que o crente já não está debaixo da lei, mas é salvo pela fé somente. Para a liberdade foi que Cristo nos libertou (5:1). A “lei” é a parte da Palavra de Deus que se encontra nos primeiros cinco livros de Moisés (Gênesis a Deuteronômio) e servia de orientação para todos os aspectos da vida de Israel. Durante a sua segunda viagem missionária (Atos 16:6), Paulo demorou na Galácia por motivo de saúde (Gálatas 4:13). Ainda que doente esse incansável servo do Senhor não pôde permanecer calado, mas continuou a pregar o Evangelho. O tema dos seus sermões era “Cristo crucificado” (3:1). Foi nessa época que ele fundou as igrejas da Galácia (1:6). Espalhavam-se pela zona rural e eram formadas por gente do interior. Certos mestres da lei tinham seguido Paulo, ensinando salvação pelas obras e declarando que, mesmo sendo o verdadeiro Cristianismo, os cristãos deviam ser circuncidados, e praticar todas as obras da lei. Esses mestres diziam que Paulo não ensinava isso porque não era verdadeiro apóstolo e tinha aprendido sua doutrina com outros. Isto veio a perturbar os novos convertidos. A circuncisão era o rito inicial da religião judaica. Se um gentio quisesse tornar-se judeu, tinha de observar a lei cerimonial. Os falsos mestres começaram a fascinar o povo (3:1), dizendo que deviam guardar todas as cerimônias da lei. Paulo queria que eles soubessem que coisa alguma, nem os fetiches, nem as obras, nem as cerimônias, poderiam levá-los a Cristo. A salvação vem pela fé em Cristo, e nada mais. Por serem muito volúveis e gostarem de novidades, os gálatas estavam quase aceitando as opiniões desses falsos mestres. Quando Paulo soube disso, escreveu a carta de próprio punho, por considerar o assunto muito urgente e não ter ninguém perto para escrevê-la (6:11). Alguém disse que o Judaísmo foi o berço do Cristianismo, e por pouco não foi o seu túmulo. Deus levantou Paulo como o Moisés da Igreja cristã, para livrar os cristãos dessa escravidão. Esta carta contribuiu mais do que qualquer outro livro do Novo Testamento para libertar a fé cristã do Judaísmo (da lei), e do fardo da salvação pelas obras, ensinada por tantos falsos cultos, que têm ameaçado o Evangelho simples de nosso Senhor Jesus Cristo. Tanta gente quer fazer alguma coisa para salvar-se. A pergunta do carcereiro de Filipos: Que devo fazer para que seja salvo? é levantada pelas multidões. A resposta é sempre a mesma: Crê no Senhor Jesus, e serás salvo (Atos 16:31). Uma religião sem a cruz não é a religião de Cristo. Este livro contrasta a lei e a graça Em Romanos descobrimos a nossa posição. Em Gálatas, tomamos posição. EFÉSIOS Apresenta Jesus Cristo, Nosso Tudo em Todos Nesta epístola, entramos no Santo dos Santos dos escritos de Paulo. Em 2 Coríntios 12:2 ele fala de ter sido arrebatado ao terceiro céu. Pois bem, ele dá o relatório daquilo que aconteceu, e parece empolgado. Trata-se da maior revelação da verdade que Deus já deu ao homem. É o mistério que estava oculto desde antes da fundação do mundo. Este livro mostra-nos o grande mistério da Igreja. A verdadeira Igreja é o Corpo de Cristo, e os crentes são membros desse Corpo sagrado, do qual Cristo é o Cabeça. O Pai não só preparou um corpo para Jesus Cristo sofrer, mas preparou um corpo para ele, através do qual ele fosse glorificado. A palavra grega para igreja é “Eclésia”, que significa uma assembleia de pessoas chamadas para fora. Cristo está separando um povo para o seu nome (Atos 15:14). A igreja é um organismo. Ela é o Corpo de Cristo. Todo crente é membro do Corpo de Cristo, e ele é o Cabeça da Igreja. Imagine por um momento que o Corpo é como um grande edifício. As “pedras” são as criaturas remidas. Cristo ocupa a grande sala do trono, é o Cabeça. Todas as partes são como as salas do edifício. Com esse quadro em mente, é fácil ver toda a história do mistério da Igreja. O sofrimento de Cristo num corpo terreno é agora compensado pelo levantamento de um corpo espiritual ou “edifício”. Acompanhe Paulo através dessa gloriosa estrutura. FILIPENSES Apresenta Jesus Cristo, Nossa Alegria. Esta epístola foi escrita para a primeira igreja fundada na Europa. Paulo foi para lá em resposta a uma visão e ao apelo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos (Atos 16:9). Paulo exorta a igreja para que tenha unidade e alegria em Cristo. Esta carta mostra como se pode quebrar a unidade entre os crentes. Cristo é o segredo da alegria. Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor (3:1). Depois vem uma pausa. Paulo está procurando uma palavra melhor para terminar, porém não a encontra. Então, exclama: “Outra vez eu digo, bem, simplesmente alegrai-vos, isso é o bastante!” (4:4). Esta é a alegria que perdura no meio das dificuldades e problemas. Paulo e Silas cantavam na prisão à meia-noite com as costas feridas e sangrando. Agora Paulo está se regozijando ao escrever esta carta, acorrentado a um soldado romano, porque sabe que até as suas cadeias o estão ajudando a divulgar o Evangelho. Assim ele pode alcançar alguns da casa de César, que, de outro modo, nunca poderia ter levado a Cristo. Insistia com os convertidos de Filipos para que se alegrassem por lhes ter sido concedido sofrer por Cristo. A alegria do Senhor é a vossa força. A palavra alegria ou regozijo aparece frequentemente nesta epístola. Paulo parece estar rindo alto nesta carta, de tanta alegria. Ele é o apóstolo do regozijo. Sublinhe as palavras “alegria”, “alegrai-vos”, “alegro-me”. Alegrai-vos é a exortação de Paulo. Quebramos um mandamento quando não nos regozijamos, porque a alegria expulsa a discórdia. É socorro no meio da tribulação. Os pecadores são atraídos a Jesus pela alegria dos Crentes. Custa-nos crer que Paulo está escrevendo acorrentado na prisão. Suas palavras parecem brotar de um coração leve. É evidente que a alma do grande apóstolo está livre. Há uma atmosfera de júbilo, mesmo na prisão. Esta carta não tem um plano definido, porém é a mais meiga de todas as cartas de Paulo. Não contém repreensões. E mais uma carta de amor. Paulo menciona o nome do Salvador cerca de quarenta vezes nesta breve carta. Nela estão registradas algumas das coisas mais maravilhosas a respeito de Cristo e da vida cristã. A fim de que a sua vida possa ser purificada, é preciso afastar perigos e alcançar progresso. Cristo deve ser sua alegria, sua confiança, e o alvo da sua vida. Paulo fala-nos do seu alegre triunfo sobre circunstâncias difíceis, graças à sua confiança em Cristo. COLOSSENSES Apresenta Jesus Cristo, Nossa Vida. Efésios e Colossenses foram escritos mais ou menos na mesma época, enquanto Paulo era prisioneiro em Roma. As duas cartas contêm grandes doutrinas do Evangelho e foram escritas para serem lidas em voz alta nas igrejas. São muito parecidas em seu estilo, mas bastante diferentes em sua ênfase. Efésios fala de todos os crentes, chamando-os de “o corpo de Cristo”. Colossenses fala do “cabeça” do corpo, Jesus Cristo. Em Efésios, a Igreja de Cristo é o tema central. Em Colossenses, salienta-se o Cristo da Igreja. Ambos são necessários. Não pode haver corpo sem cabeça, nem cabeça sem corpo. Note que por todo o livro de Colossenses é Cristo, Cristo, Cristo. A heresia havia surgido na igreja de Colossos, desencaminhando os crentes novos com o culto dos anjos (2:18) e a estrita observância do cerimonial judaico (2:16, 21). Essa heresia era uma mistura das religiões judaica, grega e oriental. Isso provocou uma declaração de Paulo quanto à verdade da soberania absoluta de Cristo. Esta carta é um retrato fiel de Cristo em toda a sua glória e dignidade. Cristo é tudo em todos. O erro dos colossenses consistia exatamente neste ponto, de não se apegarem ao Senhor. O lugar que Cristo ocupa em qualquer ensino religioso determina se tal ensino é verdadeiro ou falso. Alguns pensavam, nos dias de Paulo, como muitos agora, que Jesus era apenas homem e que Cristo era o espírito divino que veio por ocasião do seu batismo e o deixou quando foi crucificado. Isto significava que Cristo não tinha morrido, mas somente Jesus morrera. Este é o erro básico de muitos cultos hoje. Fundamentam-se na mesma heresia antiga e deturpam a verdade com respeito a Cristo, sua pessoa e obra. Já notaram que muitas das epístolas foram escritas em resposta às heresias que haviam penetrado nas igrejas primitivas em toda parte? A carta começa, como as outras doze, com o nome de Paulo. Foram dirigidas aos cristãos gentios. A igreja foi provavelmente fundada por Epafras (1:7) na cidade de Colossos, cerca de 60 quilômetros ao leste de Éfeso. Era formada de cristãos gentios. Filemom pertencia a ela. Paulo manteve contato com o povo e era muito estimado. Epafras foi a Roma para contar a Paulo as heresias que se estavam infiltrando na igreja. Esses falsos ensinos tiravam Cristo do trono e negavam sua posição de Cabeça da Igreja. A fim de responder a esses ensinos, Paulo mandou esta carta por mão de Epafras. Ele escreve especialmente sobre a preeminência e a divindade de Cristo, que é o próprio Deus. O Evangelho, por esse tempo, já havia sido levado a todo o mundo (1:6) e tinha sido pregado a toda criatura (1:23). Trinta e dois anos após a morte de Cristo, o Evangelho tinha alcançado todo o Império Romano. Bastou uma geração para estabelecer a Igreja numa base universal. I TESSALONICENSES Apresenta Jesus Cristo, Àquele que Há de Vir. A segunda vinda do Senhor Jesus Cristo é a verdade que Paulo está apresentando nas duas cartas aos tessalonicenses, e, se não reconhecermos isto, estaremos errando o alvo. As duas epístolas contêm vinte diferentes referências à vinda do Senhor. Esta é a esperança da Igreja. Ela é mencionada no final de cada capítulo:... para aguardardes dos céus o seu Filho (1:10); na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda (2:9); na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos (3:13); arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares (4:17); e, no último capítulo: e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (5:23). Diante de tudo isso, ousaria alguém perguntar: “Cristo virá outra vez?”. A primeira vinda de Cristo foi repentina e surpreendeu os filósofos do seu tempo. A sua segunda vinda não será surpresa menor. Acompanhado de Timóteo e Silas, Paulo passou apenas três domingos em Tessalônica, na sua segunda viagem missionária, e durante esse tempo não só fundou a igreja, mas firmou-a na fé. No curto prazo de sua permanência, Paulo criou grande agitação. Seus inimigos acusaram-no de haver “transtornado o mundo” (Atos 17:6). Devido a esse grande alvoroço, os irmãos o despediram. Ele prosseguiu para Beréia, Atenas e Corinto. Foi de Corinto que ele escreveu a primeira carta aos tessalonicenses e a enviou por intermédio de Timóteo. Ele havia partido fazia pouco tempo, porque disse: orfanados por breve tempo de vossa presença (2:17). E algo sem precedentes, mesmo no ministério de Paulo, o estabelecimento de uma igreja florescente em menos de um mês. O êxito de Paulo em Tessalônica não tem sido a experiência comum dos missionários. Mas aqui o Espírito Santo permitiu que Paulo tivesse uma colheita rápida. Durante a sua curta permanência em Tessalônica, grande número de gregos e mulheres creram (Atos 17:4). Logo em seguida ele começou a alimentar essa igreja com o alimento sólido da Palavra. Falou sobre o Espírito Santo, sobre a Trindade (1:6) e sobre a segunda vinda (1:10). A igreja era formada mais de gentios que de judeus. Por estar vivamente interessado nos novos convertidos, Paulo enviou Timóteo de Atenas, a fim de fortalecê-los na fé e trazer notícias deles. Timóteo trouxe um relatório animador, o que muito confortou o apóstolo. Mas, Timóteo descobriu que havia algumas faltas a serem corrigidas. Tinham algumas ideias errôneas quanto à segunda vinda do Senhor. Estavam preocupados com alguns que tinham morrido, receando que não tivessem parte no arrebatamento e na glória da volta do Senhor. Outros estavam tão empolgados com o ensino da volta de Cristo, que passaram a negligenciar os deveres diários (4:10-12). Desejando corrigir essas ideias errôneas, para motivar e consolar os novos convertidos, Paulo escreveu esta epístola. Esta é uma epístola íntima. É uma carta de coração para coração. Paulo chega muito perto dos seus “irmãos”, palavra que usa 14 vezes. A mensagem é de conforto e instrução aos que se acham em meio a perseguições. Não deveria haver dúvidas nem opiniões divididas a respeito da “bendita esperança” da volta do Senhor. Não se pode ler a Palavra de Deus sem achar esse ensino. Não contendamos a respeito dessa doce mensagem. Esta é a esperança do crente. Pelo contrário, estejamos vigilantes, pois não sabemos o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir. II TESSALONICENSES Apresenta Jesus Cristo, o Senhor que Vai Voltar. Esta é a segunda epístola sobre a “bendita esperança”, a segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Os tessalonicenses olham para o futuro. Paulo fala-lhes do que ocupa o primeiro lugar em seus pensamentos. A primeira carta diz: “Ele certamente vai voltar.” A segunda carta diz: “Trabalhem e esperem até que ele venha.” A segunda vinda de Cristo é mencionada 318 vezes em 260 capítulos do Novo Testamento. Por aí vemos a importância desse assunto. Lemos as profecias do Antigo Testamento com o mais vivo interesse, a fim de inteirar-nos da primeira vinda de nosso Senhor a este mundo. Devemos ter o mesmo interesse em descobrir o que o Novo Testamento ensina quanto à sua segunda vinda “em grande poder e glória”. Ele disse que voltaria. São estas suas palavras: E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei (João 14:3). Ele queria que seus discípulos entendessem que a sua segunda vinda seria tão literal como a sua partida. 1 Tessalonicenses fala de Cristo vindo para a sua Igreja. A vinda e Cristo deve ficar clara em nossa mente. Um dia ele virá para levar sua noiva, a Igreja. Ele não será visto pelo mundo nessa ocasião, mas os que são seus, inclusive os mortos em Cristo, serão arrebatados para encontrá-lo. Este é o ensino de 1 Tessalonicenses. Depois de um período de sete anos de tribulação para os que ficarem na terra, Cristo aparecerá ao mundo com sua Igreja, a fim e estabelecer seu trono na terra. Nesta ocasião, ele será visto por todos os homens. A sua “vinda” inclui, portanto, esses dois acontecimentos separados por um período de sete anos. Nós, cristãos, aguardamos o primeiro acontecimento. O mundo não o verá até o final dos sete anos. 2 Tessalonicenses fala de Cristo vindo com os anjos do seu poder :7). Os dois acontecimentos: a vinda de Cristo para a sua Igreja e Sua vinda com os anjos do seu poder, são realmente dois aspectos de um mesmo acontecimento. Entre esses dois aspectos, os judeus vão ocupar sua própria terra na Palestina; as nações gentias se negarão contra eles; o anticristo tornar-se-á o governador do mundo; ele fará um pacto com os judeus, e o quebrará. Depois disso virá a grande tribulação. (Veja Mateus 24:21, 22.) Então Cristo virá com os seus santos e estabelecerá seu reino na terra, tendo Jerusalém como centro. Cristo virá primeiro e receberá os seus para si mesmo, antes do grande e terrível dia “da sua revelação”, quando os seus inimigos serão julgados. A segunda carta foi escrita quase imediatamente depois da primeira. Além de provações e perseguições, os cristãos tessalonicenses estavam sendo “atribulados” (1:7) por impostores que levaram alguns a crer que já estavam passando pela grande tribulação e que “o dia do Senhor” já havia chegado. Paulo procura esclarecer a dificuldade. Sempre que há ameaças de guerra e a tristeza parece cobrir a terra, o povo fica imaginando se não está atravessando o período da tribulação. Todos devemos ler a segunda carta aos Tessalonicenses a fim de esclarecer-nos quanto a esses erros. A igreja em Tessalônica estava empolgada com a expectativa da volta gloriosa de Cristo. Quem pode deixar de se entusiasmar ao pensar na sua volta triunfante? Devemos, porém manter-nos calmos. Precisamos trabalhar enquanto esperamos e orar enquanto vigiamos, porque há muito que fazer enquanto Cristo não vem. I TIMÓTEO Apresenta Jesus Cristo, Nosso Mestre O versículo-chave é 3:15: Para que saibas como convém andar na casa de Deus. Considerando que a conduta se baseia no que se crê, Paulo realça a sã doutrina. 1 e 2 Timóteo e Tito são três “epístolas pastorais”, escritas a ministros responsáveis por igrejas importantes, em vez de serem dirigidas às próprias igrejas. Tanto Timóteo como Tito receberam instruções explícitas para pastorear o rebanho e cuidar das igrejas depois da partida de Paulo, que ele sabia estar próxima (2 Timóteo 4:6-8). A Timóteo tinha sido confiado o governo e a supervisão de Éfeso, e a Tito, a de Creta. Como esses dois jovens se sentiam inadequados para a tarefa! Porque Timóteo era jovem, podemos esperar encontrar nos escritos de Paulo, dirigidos a ele, valiosas sugestões para outros jovens que estão vivendo a vida cristã, e não ficamos desapontados nessa expectativa; além disso, achamos sugestões proveitosas para os mais velhos. Nestes tempos de educação moderna, seria bom oferecer aos jovens uma apreciação à fé dos seus pais e adverti-los contra a “falsamente chamada ciência”. Também aconselhá-los a combater o bom combate da fé . . . conservando o mistério da fé com a consciência limpa (6:12; 3:9). E quando as competições atléticas ameaçam absorver a maior parte do interesse e do tempo dos jovens, é conveniente que os jovens crentes se lembrem de que o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir. (4:8). Quem pode ouvir as palavras de Paulo a seu jovem auxiliar sem ouvi-lo dizer através dos tempos aos nossos próprios jovens: Custe o que custar, Conserva-te a ti mesmo puro (5:22)? Era grande honra para Timóteo privar da amizade do apóstolo Paulo. Ele era um dos convertidos de Paulo, que o chamava de Filho amado e fiel no Senhor (1 Coríntios 4:17). Foi nos impressionáveis dias da meninice de Timóteo que Paulo visitou Listra, onde o povo procurou, primeiro adorar o apóstolo, e, depois, tentou tirar-lhe a vida! Com que atenção o jovem Timóteo ouvira o Evangelho pregado por Paulo! Viu-o curar o aleijado; ouviu-o apelar para a multidão; viu-o depois apedrejado e deixado como morto. Mas no dia seguinte, Paulo levantou-se e voltou à cidade. Entre os mais entusiastas convertidos encontravam-se Eunice e seu filho Timóteo. Quando Paulo voltou a Listra, em sua segunda viagem missionária, levou Timóteo como companheiro. Que maravilhoso privilégio para aquele jovem! Após longos anos de treinamento com esse poderoso homem de Deus, Timóteo ficou com a responsabilidade da importante igreja de Éfeso. Isso colocou o tímido jovem frente a frente com sérios problemas. Imagine esse jovem inexperiente deixado naquela grande igreja para tomar o lugar de um homem como Paulo, o seu fundador. Quão indigno não se deveria ter sentido! Como se apoiou no apóstolo para conselhos e orientação! Foi enquanto Timóteo exercia o pastorado em Éfeso que Paulo lhe escreveu as duas cartas de instrução e orientação. Não só a ele, mas são também um manual para os pastores através dos séculos. Paulo instruiu Timóteo a tratar com severidade os falsos mestres, a dirigir o culto público, a escolher os oficiais da igreja e a trabalhar com todos os grupos da igreja. Mas, acima de tudo, devia viver uma vida de exemplo para todos. Timóteo tinha uma tarefa difícil! II TIMÓTEO - Apresenta Jesus Cristo, Nosso Exemplo. Participa dos meus sofrimentos, como bom soldado de Jesus Cristo (2:3). Seja leal a Cristo e à sua Palavra! Em 1 Timóteo, Paulo ordena um Evangelho íntegro; em 2 Timóteo, uma vida íntegra. Em 1 Timóteo, diz: “Guarda a doutrina que é a nossa mensagem de Deus”. Em 2 Timóteo, diz: “Guarda o testemunho, que é a nossa vida de Deus”. 1 Timóteo parece dizer: “Ombro, armas! Polir os metais! Preparar munição!” 2 Timóteo diz: “Atenção! Marchar! Olhar em frente, ombros retos, acertar o passo com o líder, que é Cristo!” Estamos lendo uma carta escrita por Paulo da sua última prisão em Roma, na qual declara estar terminando a sua carreira aqui na terra. Quanto território ele cobriu? A quantos milhares, você calcula, ele tinha pregado o Evangelho nessas mais de trinta localidades? Em quantas línguas testemunhou de Cristo? Quantas das suas cartas se encontram na Bíblia? Essas cartas ainda estão sendo lidas? TITO Apresentam Jesus Cristo, Nosso Modelo e FILEMOM Nosso Senhor e Mestre A importância das boas obras é salientada nesta epístola. Não que sejamos salvos por boas obras, mas somos salvos para as boas obras. Deus apresenta seu ideal para a Igreja, seus oficiais e membros. A epístola a Tito foi escrita por Paulo. Tito era bispo de Creta, um posto difícil (1:12, 13). Paulo lhe dera antes a árdua tarefa de acabar com as diferenças em Corinto, e, com tato, persuadir a igreja a agir de maneira certa na questão das divisões. A segunda carta aos Coríntios mostra como Tito foi bem-sucedido em sua missão. Tito era gentio. Sem dúvida, foi um dos convertidos de Paulo nos primeiros anos do seu ministério. Acompanhou Paulo e Barnabé na viagem a Jerusalém dezessete anos depois da conversão de Paulo. Quando o apóstolo soube que Apolo estava para ir a Creta, aproveitou a oportunidade para mandar uma carta a Tito. Está cheia de conselhos práticos ao jovem pastor, orientando-o em sua administração e prevenindo-o contra os hereges daqueles dias. Ele pede que Tito vá vê-lo e o informe da condição da igreja na ilha. Ainda que fosse uma carta pessoal, sem dúvida era para ser lida à igreja também. A carta é muito parecida com 1 Timóteo. Foi escrita na mesma época, e trata dos mesmos assuntos. FILEMOM O amor cristão e o perdão são realçados neste livro. Ele revela o poder do Evangelho para ganhar um ladrão e escravo foragido e para mudar o modo de pensar do seu senhor. É um livro de “Cristianismo aplicado”, um manual de serviço social. Esta é uma carta-modelo escrita por um mestre em escrever cartas. Note a delicadeza e o tato de Paulo. Podemos fazer das nossas cartas um ministério para Deus, se agirmos assim. Aqueles que acham difícil falar de Cristo a alguém, podem escrever a respeito dele. Nesta carta Paulo intercede junto a Filemom, destacado membro da igreja de Colossos, a favor de um escravo foragido, de nome Onésimo, que roubara uma quantia do seu senhor e fugira para Roma. Lá veio a encontrar-se providencialmente com Paulo, e aceitou a Cristo como Salvador. Onésimo conquistou o coração de Paulo por seu serviço devotado a ele, mas Paulo sabia que ele era escravo de Filemom e não podia conservá-lo permanentemente. Por isso Paulo o manda de volta e roga a Filemom que o receba de novo. Ele se responsabiliza pelas dívidas de Onésimo, pedindo que as ponha em sua conta. Queria livrar o escravo foragido do severo e cruel castigo que merecia de acordo com a lei romana. Esta epístola trata do problema da escravidão. Paulo não exige sua abolição, mas mostra que ela nunca poderá ser fruto do Cristianismo. Esta bela carta do idoso servo de Deus, em cadeias pelo Evangelho, prefigurava o dia em que os laços do amor de Cristo romperiam os grilhões da escravidão. Onésimo era apenas um dos muitos escravos pertencentes a uns poucos senhores. No ano 300 a.C. 21.000 cidadãos de Atenas possuíam 400.000 escravos. A situação não era muito diferente no Império Romano, quando esta carta foi escrita. Os senhores romanos possuíam de dez a duzentos escravos, e às vezes mais de mil, que não tinham direito à vida ou à liberdade. HEBREUS - Apresenta Jesus Cristo como Nosso Intercessor Junto ao Trono Como crentes, temos o melhor - melhor em todos os sentidos. A palavra-chave do livro de Hebreus é “melhor”, que aparece treze vezes. Há palavras neste livro que nos ajudam a compreendê-lo. Sublinhe as palavras: eterno, perfeito, uma vez, sangue, fora, melhor, sentar-se, celestial e a expressão temos . . . portanto. O autor da epístola é desconhecido. Tem havido muitas especulações, mas não há nenhuma certeza. Atribui-se Hebreus a Paulo e ainda que muitos ponham em dúvida sua autoria, há muitas evidências a seu favor. O livro tem sido chamado de “o quinto Evangelho”. Os outros quatro descrevem o ministério de Cristo na terra; este descreve seu ministério no céu, à destra de Deus. Esta epístola revela as glórias do nosso Salvador. Nossos olhos estão fixos em Jesus, o Autor e Consumador da fé (Heb12:2). Ele aparece diante de nós nos céus coroado de glória e de honra (Heb2:9). O livro foi escrito, antes de tudo, para judeus cristãos, provavelmente de Jerusalém, que estavam vacilando na fé. Por causa dos escárnios e zombarias dos seus perseguidores; esses crentes estavam começando a pensar que tinham perdido tudo ao aceitar o Cristianismo: altar, sacerdotes e sacrifícios. O apóstolo prova que eles só haviam perdido a sombra e receberam a substância (Jesus Cristo). Estavam subestimando seus privilégios em Cristo, e entregando-se à autopiedade e ao desânimo. Corriam o perigo de até mesmo abandonar a fé (Heb.5:11, 12). Tinham começado bem (Heb.6:10), mas não tinham progredido (Heb.6:11). A vida cristã é como andar de bicicleta: se não estiver em movimento, você cai. O autor procura conduzi-los de um conhecimento elementar para uma compreensão mais madura. Exorta-os a serem fiéis ao Cristianismo. Mostra-lhes a superioridade do Cristianismo em relação ao Judaísmo. Quer impedi-los de voltar às cerimônias e ritos judaicos. Insiste para que deixem tudo o mais e conservem firme a fé e a esperança do Evangelho. O livro é também uma advertência oportuna e uma palavra de consolo a todos, especialmente hoje em dia quando muitos têm tão pouca instrução nas coisas de Cristo e se inclinam a deixar-se levar por toda sorte de cultos. Hebreus mostra habilidade em tratar com os judeus cristãos desanimados. O escritor fala de tudo o que temos em Cristo. Ao viajarmos por uma estrada pela primeira vez, nossa preocupação é achar o caminho. Quando a percorremos de novo, olhamos e observamos as coisas que surgem. Faça isso ao estudar o livro de Hebreus. Leia-o até o fim e não se preocupe com o que não puder entender. Depois, volte a lê-lo de novo, e observe as coisas que estiverem pelo caminho. Podemos gastar meses em Hebreus. Ele apresenta muitas verdades maravilhosas. Na primeira leitura você se impressionará, sobretudo, com um fato: Jesus Cristo é proeminente em cada página. Não é o que acontece com os outros livros do Novo Testamento. Em Atos, predominam os apóstolos, os discípulos, os judeus e os pagãos. Em Romanos, uma grande doutrina prende a nossa atenção. Em outras cartas, o estudo é sobre a Igreja e seus problemas. Mas aqui o próprio Senhor é o centro. TIAGO - Apresenta Jesus Cristo como Nosso Modelo A lei de Cristo para a vida diária encontra-se na palavra “praticantes”. E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. (1:22). O autor do livro é, sem dúvida, Tiago, irmão de nosso Senhor. Pode bem ser chamado o apóstolo prático. Ele defende eficiência e coerência na vida e na conduta. Há três homens com o nome de Tiago no Novo Testamento o filho de Zebedeu, o filho de Alfeu, e Tiago, o maior, irmão de nosso Senhor. Tiago refere-se duas vezes a seu próprio irmão Jesus e o faz do modo mais reverente. Apesar de o conhecer muito bem, não há intimidade, porque ele o chama Senhor e Cristo. Associa o irmão com Deus, de modo a sugerir igualdade com o Todo-poderoso. Se Jesus não fosse Deus, isso seria blasfêmia. I PEDRO - Apresenta Jesus Cristo como a Preciosa Pedra Angular da Nossa Fé Jesus viveu o tipo de vida descrito nesta carta de Pedro e aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou (1 João 2:6). Permanecer em Cristo é descansar tranqüilos onde estamos. Nós, que recebemos Cristo como Salvador, estamos nele (Colossenses 3:3). O segredo de andar em novidade de vida (Romanos 6:4) ou de viver a vida vitoriosa é simplesmente lembrar de Jesus Cristo (2 Timóteo 2:8) e descansar no bendito e eterno fato da sua suficiência. Para vós outros, portanto, os que credes, [Jesus Cristo] é a preciosidade (2:7). Sete coisas preciosas O valor precioso da fé IPe.1:7 O precioso Espírito I Pe.3:4 O precioso sangue IPe.1:19 A fé preciosa I Pe. 1:1 A preciosa pedra angular IPe.2:6 As preciosas promessas I Pe. 1:4 O precioso Cristo Ipe.2:7 Pedro tem sido chamado “o apóstolo da esperança”, como João era “o apóstolo do amor”, e Paulo “o apóstolo da fé”. A palavra esperança aparece em 1:3, 13, 21; 3:15. A palavra “sofrimento” e suas formas cognatas, referindo-se a Cristo e aos crentes, é usada com frequência. Leia de uma vez esta epístola de menos de cinco páginas. Sublinhe as palavras alegria, graça, glória e sofrimento. Pedro refere-se um número maior de vezes à alegria e glória que pertencem a nós que recebemos a graça de Deus, do que aos sofrimentos de Cristo e dos seus seguidores. 2 PEDRO Apresenta Jesus Cristo, Nossa Força A primeira carta tinha por fim consolar; a segunda tem o propósito de advertir. Na primeira carta, Pedro procura encorajar os crentes que estavam sofrendo terríveis perseguições de fora. Na segunda carta, avisa do perigo dentro da Igreja. Os crentes precisam mais de coragem moral do que física. É nosso dever praticar o que é reto em todas as circunstâncias, sem condições e sem hesitação. O crente nunca está de folga. Defender a verdade muitas vezes é mais difícil do que entrar num combate. Vemos este fato ilustrado na vida de José (Gênesis 39:9), de Neemias (5:7; 6:1-16), de Daniel (1:8) e de Paulo. Também a História está cheia de exemplos: Policarpo, Lutero, Latimer, Wesley. Eles nunca se envergonharam de Cristo porque o conheciam. Pedro, avisando-os dos perigos de dentro, exorta-os a crescer na graça e no conhecimento de Cristo (II Pe3:18). O conhecimento de Cristo era a melhor arma para vencer as falsas doutrinas que estavam penetrando em seus arraiais. Esse conhecimento de Cristo vem-nos por sua Palavra. Em 1 Pedro ouvimos muito sobre sofrimento. Em 2 Pedro ouvimos muito sobre conhecimento. O conhecimento superficial produz crentes superficiais. Paulo disse: Eu sei em quem tenho crido. Não é o que você crê que lhe dá força, mas em quem crê. Pedro sabia que as heresias frequentemente levam à vida imoral. O Cristianismo precisa de princípios doutrinários que garantam a retidão da conduta. Os dirigentes estavam usando a igreja para fins lucrativos. Estavam permitindo toda sorte de atos reprováveis. Os falsos mestres zombavam da vinda do Senhor, e a igreja podia facilmente deixar de aguardar a “bendita esperança”. Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, é o escritor do livro. O primeiro nome, Simão, sugere a sua velha e instável natureza. Pedro, que significa rocha, sugere a nova natureza, forte e fiel, que Cristo lhe deu. Ele se chama servo. A vida de escravidão pode ser a mais feliz do mundo se o escravo tiver o dono certo. Só há um Mestre adequado, que é Jesus Cristo, e seus escravos conhecem o único sentido verdadeiro da liberdade. Pedro, o apóstolo da esperança, fala outra vez aos novos crentes. Concita-os a olharem para o céu enquanto habitam por um pouco de tempo neste mundo mau. Procura despertar a mente esclarecida deles com lembranças (3:1). Fala dos leitores como sendo aqueles que conosco obtiveram fé igualmente preciosa (1:1). Lembramo-nos de como Pedro teve a fé sustentada pela oração de Cristo a seu favor. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos. (Lucas 22:32). É assim que a nossa fé também pode ser preservada. I JOÃO - Apresenta Jesus Cristo como Nossa Vida A primeira carta de João foi escrita pelo já encanecido apóstolo, no ano 90 a.D., provavelmente em Éfeso. Ao contrário dos outros apóstolos, ele não dirige sua epístola a nenhuma igreja ou pessoa em particular. Escreve para todos os cristãos, velhos e moços (I Jo.2:12-14). Ele os chama pelo terno nome de “teknia”, que quer dizer “filhinhos”. Deus está tratando com seus filhos nascidos de novo. João diz-nos porque escreveu seu Evangelho - para que creias que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome (João 20:31). Ele escreveu sua epístola para que os que cressem em Cristo soubessem que têm a vida eterna (I Jo.5:13). A primeira carta de João parece ter sido escrita com o propósito de ser companheira do Evangelho de João. Por isso, encontramos a palavra “crer” por todo o Evangelho, e a palavra “saber” por toda a carta. Saber e conhecer aparecem mais de trinta vezes nesta breve epístola. Sublinhe-as. João escreveu por quatro razões: Para que a alegria deles fosse completa IJo.1:4 Para que se acautelassem contra o erro IJo.2:26 Para que não pecassem IJo.2:1 Para que soubessem I Jo.5:13 João foi o discípulo a quem Jesus amava. Ficou junto a ele na cruz do Calvário. Contemplou o túmulo vazio na manhã da ressurreição. Em Patmos foi arrebatado pelo Espírito e viu uma porta aberta para o céu. Ele apresenta-nos o testemunho desses fatos. “Sabemos”, diz ele. “Não há possibilidade de dúvida quanto a eles”. O QUE era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida – JESUS! João dá-nos prova daquilo que conhece. Ele tinha ouvido e visto e apalpado com as mãos a Palavra da vida. Ele deseja levar os leitores a essa íntima comunhão com o Pai e com seu Filho, para que a alegria deles seja completa ( I Jo.1:3, 4, 7; 2:13, 14). Cristo, que era Deus, encarnou-se e habitou entre os homens, para que eles pudessem ouvir sua voz, contemplar seu rosto e sentir o toque da sua mão amorosa. Isso trouxe Deus aos homens, para que tenhamos comunhão. Andar em comunhão é viver em harmonia. Deus deseja que tenhamos comunhão com ele e que nele tenhamos comunhão uns com os outros (I Jo.1:3). João diz que não só devemos crer como cristãos, mas também agir como cristãos. Nos capítulos 1 a 3, verificamos se estamos vivendo como cristãos, e nos capítulos 4 e 5. se estamos crendo como tais. O raio vem acompanhado do trovão. Assim também a fé vem acompanhada da vida e do testemunho (IJo.2:3). Há pessoas que dizem crer em Deus, mas agem mais como o diabo. Não pode ser assim. Devemos ser tão ortodoxos no comportamento como na crença. Pratiquemos a verdade em que cremos. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. (I Jo.1:6). Deus nas Epístolas de João Deus é Luz I Jo.1:5 Deus é Vida IJo.5:11,12 Deus é Amor IJo.4:8,16 Deus é Verdade IIJo.1.3 Deus é Justo IIJo. v.2 Deus é Bondade III Jo II JOÃO – Apresenta Jesus Cristo como Nossa Verdade, Esta epístola é um bom exemplo da correspondência particular de João. Foi dirigida a uma senhora cristã desconhecida. É o único livro da Bíblia endereçado a uma mulher. A palavra “verdade” encontra-se cinco vezes nessa epístola de apenas treze versículos. É a palavra-chave. A palavra “amor” aparece quatro vezes. Verdade e amor são inseparáveis. Precisamos submeter todos os ensinos à prova das Escrituras por causa da verdade (v. 2). Esse é o teste final. Examine sua experiência pela Palavra de Deus, mas nunca examine a Palavra de Deus por sua experiência. A verdade de que João fala é do alto, a Verdade como se encontra em Jesus Cristo. Devemos andar na verdade e não somente admirá-la. Aí então amaremos uns aos outros (v. 5). Esse amor não está sujeito a mudanças. O amor de Cristo nos constrange (2 Coríntios 5:14). A prova do nosso amor está em nosso andar. E o amor é este, que andemos segundo os seus mandamentos (v. 6). 3 JOÃO – Apresenta Jesus Cristo como Nosso Caminho Você se lembra do que Cristo disse de si mesmo em João 14:6? Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Nas três epístolas de João, ele é assim retratado: 1 João - Jesus, a Vida 2 João - Jesus, a Verdade 3 João - Jesus, o Caminho João escreveu esta carta a seu generoso e afetuoso amigo Gaio, o tipo do obreiro cristão autêntico, que dedicou seus bens e seu talento ao Senhor. Sua bolsa e sua porta estavam sempre abertas para os outros. Tudo o que ele tem pertence a Cristo. Cristo é para ele o “Caminho” e no seu viver diário procura mostrar esse precioso “Caminho” a outros. Homens assim aqui e ali, através dos anos, não só têm mantido a Igreja viva num mundo hostil, mas têm mantido o fogo do amor de Cristo aceso no meio do povo de Deus quando tudo parece escuro. Gaio era conhecido por sua afetuosa hospitalidade. João recomenda-lhe que continue a acolher os pregadores itinerantes, apesar da forte oposição de um oficial da igreja, autoritário e orgulhoso, de nome Diótrefes. A hospitalidade é manifestação de amor cristão. Você pode ser um Gaio, ajudando a obra do Reino, ou um Diótrefes, atrapalhando a causa. Que coisa esplêndida é ser rico e poderoso e, à semelhança de Gaio e Demétrio, colocar todos os seus dons e talentos aos pés de Jesus. JUDAS – Apresenta Jesus Cristo como Nosso Protetor Judas era irmão de Jesus. Conhecia Pedro. Eles andaram com o Mestre e, sem dúvida, conversaram depois da sua partida. Evidentemente, pensavam de modo muito parecido sobre os grandes problemas dos seus dias. A segunda carta de Pedro e a de Judas se parecem muito nas ideias e na forma. Ambas tratam dos perigos que estão ameaçando as doutrinas da Igreja. Certas pessoas, sem dúvida, haviam se “unido à igreja”. Não estavam fora, mas dentro da igreja. Haviam penetrado nela dissimuladamente. Mas que igreja não tem pessoas assim hoje? Estão conosco, mas não são nossas. Cristo irá julgar esses maus elementos como fez com os anjos decaídos. Esses intrusos começaram a ensinar o erro na igreja (vs. 3 e 4). O fermento do mal estava agindo entre os dirigentes. Em contraste com esses maus indivíduos, encontramos os verdadeiros seguidores da fé, erguendo bem alto a cruz de Cristo (vs. 20 a 23). APOCALIPSE - Apresenta Jesus Crista, Nosso Rei Triunfante Apocalipse é o único livro de profecia do Novo Testamento. E o único livro da Biblioteca Divina que promete, de modo especial, uma bênção aos que o leem e ouvem. Bem-aventurados aqueles que leem é o que o livro do Apocalipse diz de si mesmo, mas depois de ler os primeiros capítulos sobre as igrejas e os últimos capítulos que descrevem o céu, poucos de nós lemos muito este livro. Apocalipse apresenta um Cristo glorioso reinando, Os Evangelhos apresentam-no como Salvador, que veio para levar a maldição do pecado; mas neste livro não vemos nenhuma humilhação. De certo modo, Apocalipse é o livro mais notável de todo o cânon sagrado. Fala do reino de Cristo na terra que Satanás deseja controlar. Fala da vitória completa e eterna de Cristo sobre Satanás. Descreve a sua derrota e castigo, primeiro por mil anos e depois para sempre. Fala mais da condenação final de Satanás que qualquer outro livro. Não é de admirar, portanto, que Satanás não queira que os homens o leiam. De A a Z O livro do Apocalipse é um modo maravilhoso de concluir a história que começou no Gênesis. Tudo o que foi iniciado no Livro dos Começos (Gênesis) é consumado no Apocalipse. No Gênesis o céu e a terra foram criados; no Apocalipse vemos novo céu e nova terra. No Gênesis aparecem o sol e a luz; no Apocalipse lemos que não teremos necessidade do sol e da lua porque Cristo é a luz do novo céu. No Gênesis há um jardim; no Apocalipse há uma cidade santa. No Gênesis temos o casamento do primeiro Adão; no Apocalipse, a ceia das Bodas do segundo Adão, Jesus Cristo. No Gênesis temos o princípio do pecado; no Apocalipse, o seu fim. Assim podemos acompanhar o aparecimento do grande adversário, Satanás, no Gênesis, com seu séquito de tristeza, dor e lágrimas e ver, no Apocalipse, a sua condenação e ruína. Currículo e Formação do Professor Pedagogo – Faac Faculdades Associadas de Cotia Teólogo – Instituto Bíblico Betel/SP Segurança de Engenharia e Medicina Ocupacional – SENAC/Osasco/SP Psicopedagogo Institucional – UNAR – Universidade de Araras/SP Psicopedagogo Clínico – FACON – Faculdade de Conchas/SP Organização Social – FITO /Osasco/SP Mestrado em Ciência da Educação – UNIATLÁTICO – Espanha Escritor do Livro: A Contribuição da Psicopedagogia no Projeto Missionário – Ed. Koinonia Escritor do Livro: A União da Maçonaria e o Protestantismo para a Laicidade da Igreja: Uma Contribuição para o sistema Pedagógico Brasileiro – Amazon.com Colunista da Folha de Icém/SP Professor Universitário – Faculdades Paschoal Dantas e Unar/SP Professor Ensino fundamental e Médio – Secr. Estado da Educação Professor de Inclusão Escolar – Secr. Munic. De Barueri/SP Outros...

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