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O PLATONISMO.

O PLATONISMO Platão (427-347 a.C) é tido por muitos como um dos maiores filósofos da antiguidade. Ele nasceu em uma família da aristocracia de Atenas, na época de Péricles, provavelmente o maior dos estadistas gregos. Platão, em algum período de sua juventude, conheceu Sócrates, por quem desenvolveu uma grande admiração pessoal. Em 399 a.C., após a condenação e execução de Sócrates, Platão deixou Atenas e começou a escrever os diálogos pelos quais é lembrado hoje. Esses diálogos geralmente dividem-se em três grupos: 1. Os primeiros diálogos, normalmente considerados como memorais ou tributos a Sócrates. Entre ele estão Eutífron, Críton e Apologia de Sócrates. 2. Os diálogos intermediários, que começaram a ser escritos após a fundação da Academia de Atenas, em 387 a.C., entre os quais se encontra o famoso diálogo A República. Este reflete a convicção de Platão de que os filósofos deveriam ser reis, reis filósofos, retratando a esperança de Platão quanto à educação de Dionísio, o Jovem, em Siracusa. No ano 367 a.C. 3. Os últimos diálogos, que datam de 360 a.C, época em que Platão voltou para Atenas, após um período em Siracusa. Neles a figura de Sócrates passa a ocupar uma posição secundária, deixando de ser central e desaparecendo lentamente. Provavelmente, o aspecto mais importante do pensamento de Plantão seja a “teoria das formas”. As “formas” podem ser vistas como os princípios do ser no mundo. A realidade material, visível por ser entendida e explicada como imagens específicas das formas. Platão atribuía uma importância especial à forma do bem e à noção de logos (“palavra”, em grego), por meio da qual a lógica do universo é comunicada e definida. O platonismo experimentou um progresso significativo após a morte de Platão. Muitos estudiosos distinguem várias fases em seu desenvolvimento posterior, inclusive o período do “médio platonismo” e do “neoplatonismo”, Teólogos cristãos do período patrístico consideravam a noção platônica de logos extremamente importante, especialmente para a abordagem das doutrinas da revelação de Deus e da cristologia. O conceito platônico de logos spermatikos era bastante utilizado para explicar o modo como a sabedoria do Deus cristão poderia ser discernida em contextos não cristão, como na filosofia grega. Da mesma forma, o papel de Cristo como mediador de Deus para o mundo era visto como paralelo da função do logos no médio platonismo. O conceito de Cristo como aquele que concretizou a ordem da criação visível para a humanidade está claramente presente nas obras de muitos cristãos influenciados pelo platonismo. Clemente de Alexandria possivelmente tendo em mente a plateia influenciada pelo platonismo, enfatiza que é Cristo quem, como logos, torna possível a revelação daquilo que é de outro modo seria inacessível ao ser humano. A Verdade é algo possível de ser manifestado – de ser visto. A própria Palavra de Deus declara: “Eu sou a Verdade”- (João 14:6). Ora, é por intermédio do Espírito que é possível contemplar a Deus. (O Espírito procura alcançar vontade e propósito divinos entre os homens. Ele dá aos cristãos poder e autoridade para o trabalho do reino e santifica e preserva os remidos, para o louvor de Cristo; exige uma submissão livre e dinâmica à autoridade de Cristo, e uma obediência criativa e fiel à palavra de Deus. O Espírito Santo é o próprio Deus revelando sua pessoa e vontade aos homens. Ele, portanto interpreta e confirma a voz da autoridade divina) No entanto, Platão diz: “Quem são os verdadeiros filósofos? Aqueles que desejam enxergara a verdade”. E em Fedro, ele refere-se à Verdade como ideia. Essa “ideia”, porém, não é outra senão o pensamento de Deus, ao qual os pagãos chamaram de logos. Ora, o Logos procede de Deus como causa da criação (João 1:1-5). Sem delongar, o escritor apresenta a figura central do Evangelho, mas não o chama de Jesus ou Cristo. Neste ponto Ele é o Logos (Palavra). Este termo tem raízes no VT, sugerindo conceitos de sabedoria, poder e um relacionamento especial com Deus. Era também largamente usado pelos filósofos para exprimir ideias tais como discussão e mediação entre Deus e o mundo. Na época de João qualquer leitor entenderia sua adequabilidade aqui, onde a revelação é nota principal. Mas o aspecto é que o Logos também é o Filho do Pai, que se encarnou a fim de revelar Deus plenamente. (Jo.1;14,18). Portanto, o próprio Logos é gerado, quando é encarnado, para que possa tornar visível. Na criação: Deus, planejou. Criou. ”E manifestar qual a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas. ” Ef. 3:9; Jesus Cristo o Filho, executou o plano criando. “Ele é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da majestade, nas alturas. ”Hb.1:3; ”Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. ”Hb. 11:3; “Pois nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, que potestades; Tudo foi criado por meio dele e para ele. ”Cl.1:16; “ Todas as coisa foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. ” Jo.1:3; O Espírito Santo, vivificou, ordenou, pôs em ação Gl.6:8; Jo.33:4; Jesus afirma: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário terá a luz da vida”(João 8:12). Assim, Clemente constrói simultaneamente seu pensamento sobre os conceitos de Platão, ao mesmo tempo em que destaca as impropriedades desse sistema filosófico, quando comparado ao cristianismo. De que modo a Verdade pode ser vista? Platão não tem uma resposta para isso; havendo enfatizado a importância de “enxergar” a Verdade, ele é incapaz de tornar possível. O cristianismo, contudo, proclama e conhece o Logos encarnado – e, portanto, acessível e exposto à visão humana. Fonte: Bíblia Sagrada. Ed. Sociedade Bíblica do Brasil; Dicionário Aurélio; Teologia Sistemática - Ed. Shedd; Gramática Grega - Ed. EBR; Manual de Escatologia – Ed. Vida. Prof. José Lopes de Oliveira Me. em Ciência da Educação;Psicopedagogo Clínico e Institucional; Psicólogo Clínico em formação, Pedagogo e Bel. em Teologia; Técnico em Segurança e Medicina do Trabalho. psicoplopes.blogspot.com.br https://www.linkedin.com/in/jose-lopes-de-oliveira-8bb4b219a

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