José Lopes de Oliveira
A
CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEAGOGIA NO PROJETO PARTICIPATIVO DO MISSIONÁRIO: Ênfase na Família, discipulando, Comunidade e Meios
de Comunicação
Prezado amigo,
Fico muito feliz em saber que tem usado este livro, desenvolvido com o objetivo de levar o conhecimento ao maior número de pessoas possíveis.
Caso ainda não conheça, adquira-o, temos o livro disponível para que você encontre um ideal à sua necessidade e o desejo em conhecer e aprimorar a prática missionária.
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RESUMO
Este ensaio tem por objetivo discutir O Projeto
Participativo do Missionário. Nesta pesquisa, buscamos conhecer a concepção
de carreira participativa do Missionário, os aspectos mais significativos,
presentes em seu ambiente de trabalho e sua vida cotidiana, que contribuem para
a construção de sua identidade como Obreiro de Missões e que impactam sua
qualidade de vida e suas perspectivas missionárias.
Verificamos também a visão que ele
tem do Gerente e do Coordenador Regional na orientação e motivação de sua
carreira. A pesquisa foi realizada com os missionários de diversas
agências missionárias e Estados brasileiros, realizamos pesquisas
bibliográficas sobre o tema. O resultado aponta para a inexistência por parte
dos missionários de um Projeto Participativo claro e objetivo e uma
não-participação por parte dos Gerentes e Coordenadores na orientação e
motivação para a construção da carreira participativa. Destacamos inúmeros
problemas que poderão ser objeto de novas pesquisas. Finalizamos este trabalho
com uma Proposta para melhoria do Projeto Participativo do Missionário.
INTRODUÇÃO:
A linha de discussão aqui encetada é
fruto de um questionamento do qual o papel do Missionário, onde se pressupõe
que ele poderá encontrar as respostas nos manuais de missões, teologia,
filosofia, psicologia e entre outras disciplinas; por quê então a razão de se
ter o Obreiro de Missões nos Campos Missionários de nossas igrejas? Os pastores, os líderes e promotores de
missões não seriam suficientes? De fato sem o pareamento da missiologia com a
Contribuição da Psicopedagogia é possível levar alguém com dificuldades de
aprendizagens e outros sintomas neurosensoriais a uma aprendizagem eficiente e
eficaz em família, comunidade e meios de comunicação?
Estas indagações fomentam a busca em
torno do porquê da necessidade dos Missionários especializados com
conhecimentos teológicos e psicopedagógicos e em particular pelo fato destes obreiros
ainda não serem um elemento largamente utilizados no trabalho de treinamento e
nas campanhas internas de nossas
igrejas. Qual a real função do Missionário? Ao que serve ou a quem
serve?
Estas
indagações fomentam a busca em torno do porquê da necessidade dos Missionários
especializados com conhecimentos teológicos e psicopedagógicos e em particular
pelo fato destes obreiros ainda não serem um elemento largamente utilizados no
trabalho de treinamento e nas campanhas internas de nossas igrejas. Qual a real função do Missionário?
Ao que serve ou a quem serve?
O missionário é um obreiro cuja atividade principal é o evangelismo e
ensino. Sua formação inicial visa proporcionar os conhecimentos, as habilidades
e as atividades requeridas para levar adiante o processo de evangelismo e
ensino e aprendizagem no campo missionário.
Os objetivos da obra são:
Conhecer a concepção da carreira participativa ministerial dos
missionários;
Verificar os fatores significativos de sua identidade e de seu projeto
participativo evangelístico; e;
Elaborar proposta, na perspectiva de liderança da organização
missionária, para motivar o obreiro no desenvolvimento de seu Projeto
Participativo Missionário.
No capítulo 1, apresentamos o processo de construção da pesquisa
justificando a relevância do tema e problema, a delimitação do problema, os
objetivos e hipóteses e a metodologia utilizada.
No capítulo 2, apresentamos o referencial teórico. A apresentação
dos dados e a análise estão presentes no capitulo 3. Finalmente, no capítulo
4, trazemos uma série de propostas que, acreditamos, possa contribuir para
a melhoria do desenvolvimento do Projeto Participativo do Missionário.
O missionário é um agente da aprendizagem, da gestão de condições de
aprendizagem e da regulação interativa em campo de missões. O missionário pode
planejar preparar seu roteiro, mas continua havendo uma parte de “aventura”
ligada aos imprevistos que têm origem nessas ações em andamento e no
desconhecido provenientes de ações dos discipulandos.
Do ponto de
vista psicopedagógico, é evidente que a educação sócio religiosa deverá
orientar-se para uma redução geral das barreiras ou para a abertura de
múltiplas portas laterais a fim de possibilitar aos discipulandos a livre
transferência de classe para outra, com possibilidade de escolha para múltiplas
combinações
É preciso lembrar que tem influência decisiva sobre o desenvolvimento do
discípulo e suas atitudes vão interferir fortemente na relação que ele irá
estabelecer com o conhecimento.
Em outras palavras, um obreiro/missionário que estabelece esse tipo de
vínculo tem mais condição de desempenhar bem seu papel, tendo o reconhecimento
desse pelos discipulandos, servindo como modelo, sem precisar impor
arbitrariamente as diretrizes e as formas de conduta no campo missionário ou igreja.
·
IDENTIDADE
MINISTERIAL E SABERES E COMPETÊNCIAS MISSIONÁRIAS.
Em que
consiste a função de missionário? O que significa ser missionário? Como vimos,
identidade ministerial é o conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes,
valores que definem e orientam a especificidade do trabalho do
obreiro-missionário.
O desenvolvimento missionário envolve formação inicial e contínua,
articuladas a um processo de valorização identitária e ministerial dos
missionários. Identidade que é epistemológica, ou seja, que reconhece a
evangelização como um campo de conhecimentos específicos configurados em quatro
grandes conjuntos, a missão constitui um campo específico de intervenção
ministerial na prática social – não é qualquer um que pode ser missionário.
No campo missionário temos
diversas oportunidades de leituras, e entre elas vi uma pequena informação de
Samuel Escobar proferida no Pacto de Lusanne em 1974 que me leva a pensar
será que continua assim? Segundo Escobar “Das terras que costumavam ser
territórios missionários, uma nova missiologia tem começado a se desenvolver e
está deixando sua voz ser ouvida”. Podemos dizer que o impulso básico dessa
missiologia é sua natureza crítica. A questão é quanta ação missionária é
requerida hoje, mas que tipo de ação missionária o mundo precisa?
Falar de Missão em sua totalidade
é falar da capacidade de ouvir o gemido de necessidade, de onde quer que ele
venha. É orar para que o Senhor nos dê a capacidade que Ele tem de
perceber onde a necessidade está e de responder a ela com um encontro “Olhos
nos olhos
“Quais são os gritos de
necessidade e de dor que ecoam em nossos dias e em nosso contexto de vida?
Conseguimos ouvi-los? Como líderes de igrejas, quem somos nós: defensores do protocolo
ou facilitadores do acesso a Jesus? Jesus ouviu, chamou o cego e o curou. O que
significa isso para nosso ministério missionário dentro das igrejas hoje?”
Acredito que a
Missão precisa, hoje, de despertamento real. Despertamento é viver o Cristianismo
com integridade. O problema da Missão em grande parte reside na pobreza de vida
cristã que se vive: são multidões de crentes nominativos, meros frequentadores
semanais de estudos bíblicos que, quando muito, contribuem para números
estatísticos para as agências missionárias divulgarem para suas igrejas e
convenções. Há um descompromisso com a Palavra, com a ética e a moral cristãs.
A Missão faz parte da Igreja e é um corpo que encarna Cristo e como tal não
poderia passar despercebida. Em suma, falta a consciência de discipulado
cristão nos membros de nossas Igrejas.
É necessário que
o missionário seja homem dados aos estudos, primeiramente da Bíblia, mas não
somente conhecimento das Escrituras é fundamental ao bom pregador. Ele precisa
ter boa formação teológica, conhecimento histórico, filosófico,
psicopedagógico, antropológico, dentre outras áreas, e isto exigirá do pregador
constante apego aos estudos e pesquisas.
Penso, ser
necessário enfatizar que o preparo homilético do obreiro é fundamental que este
se aperfeiçoe, estude, que se aprofunde na Homilética a fim de conhecer
técnicas, métodos e formas de sermões que enriquecerão seu trabalho,
especialmente o Sermão Expositivo.
·
A
LIDERANÇA DO COORDENADOR DOS RECURSOS HUMANOS
Certa reserva por parte dos missionários já foi assinalada a respeito de
sua participação. Esta pode ser também consequência do ambiente de trabalho.
As pesquisas demonstram claramente que uma das maneiras de melhorar a
qualidade de trabalho reside na motivação dos missionários: assim, o
coordenador de missões e recursos deve aproveitar todas as oportunidades para
demonstrar que seu objetivo essencial é o de apoiar os missionários e a
tornarem-se mais eficazes.
Além de procurar a participação dos missionários na divisão de tarefas e
responsabilidades, assim como na elaboração do processo de decisão, o
coordenador de missões e recursos deve desempenhar papel muito importante na
animação e na circulação na informação, assim como no treinamento em exercício
dos missionários.
CAPÍTULO 2 –
A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEAGOGIA NO PROJETO PARTICIPATIVO DO MISSIONÁRIO
A contribuição da Psicopedagogia
neste projeto torna-se um momento privilegiado no qual a missão se torna
consciente de si mesma; de suas finalidades, limites e possibilidades maiores
do ensino religioso, as normas comuns nacionais, as normas específicas do
sistema ao qual a missão pertence é a marca registrada, própria, identificadora
dessa missão que, institucionalmente, está voltada para “o direito de educar e
o direito de aprender a educar’; para transformação do ser, através do
desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, mentais, morais e sociais. É
deveras importante lembrar que a missão é mais que o prédio, mais do que o
regimento, mais do que tarefas rotineiras. Ela é o lugar da relação produtiva e
aprendizagem e é também um lugar entre todos que a compõe, e isso, podemos
chamá-lo de Relações Interpessoais do Projeto Participativo do Missionário
em Missão, em outras palavras Relações Participativa de Missões, ou
seja, quaisquer outros sinônimos que queiram chamá-lo, mais é sempre uma
relação social, através do compromisso ético, relacionamento interpessoal,
capacitação missionária, respeito mútuo, valorização do ser humano, posturas
dos princípios morais e espirituais, etc.
A ação Psicopedagógica centrada na construção de pessoas pensantes,
criativas, espirituais, que serão capazes de influenciar outras pessoas de
maneira benéfica ao meio em que vivem;
Outra
contribuição da Psicopedagogia no procedimento do projeto que pode ser
utilizado com sucesso são as denominadas, “treinamento de trabalho e pesquisa”.
Para que se obtenha sucesso neste procedimento, é necessário que os
missionários planejem, conjuntamente, as atividades para todos os
discipulandos, viabilizando uma dinâmica na qual os discipulandos e
missionários trabalhem os diversos componentes da ação evangelística num
ambiente estimulante e agradável.
O que se tenta encontrar é a relação particular do sujeito com o
conhecimento e o significado do aprender.
Neste sentido a Psicopedagogia vem contribuir na análise das
perturbações no processo de aprendizagem, inferindo-se que não podemos
deter-nos somente na dificuldade específica, tampouco podemos cair na
simplificação oposta e relacionar todo transtorno de forma geral e comum, seja
a razões afetivas ou negar a participação de outros fatores e anular esta
possibilidade à Psicopedagogia.
RELAÇÃO
MISSIONÁRIO/DISCIPULANDO E ENSINANTE/APRENDENTE
Para clareza dessas relações,
missionário/discipulando e ensinante/aprendente, é importante mencionar:
·
Quem
é o missionário? Missionário: aquele que ensina a Bíblia, ensina uma ciência,
arte, técnica; mestre.
·
Quem
é o discipulando? Aquele que recebe instrução e ou/educação de um mestre(s), em
um local pré-estabelecido de ensino (templo) ou particularmente em residência,
estudante.
PSICOPEDAGOGIA
PARA QUÊ? A PSICOPEDAGOGIA ENSINADA E A PSICOPEDGOGIA PRATICADA - Subsídios para a compreensão do papel do Missionário
A extensão da formação continuada
é exercida, por uma minoria de missionários e não representa um ideal
missiológico mas esforço administrativo de dar substância a um diálogo social.
Ao estender a formação
continuada para todos, temos que rever critérios e padrões estabelecidos quando
este ensino atinja apenas uma parcela da população. Se não fizermos esta
revisão – que não é concessão, mas uma obrigação do espírito se assim possa ser
chamado teológico e do dever missiológico – estaremos anulando
psicopedagogicamente o direito social à formação continuada com eficiência.
Tendo em vista as crises pelos quais passa a igreja brasileira, e essa
influencia o trabalho de missões, cujas explicações podem ser encontradas em
inúmeros trabalhos que investigam suas causa nas mais diferentes áreas e com as
mais diversas orientações, as agências missionárias precisam encarar o ângulo
do processo de formação continuada de seus missionários.
Enfatizo, a formação do missionário não é restrita a Contribuição da
Psicopedagogia. Mesmo que a questão relativa ao processo de autoconhecimento
deve ser pensada a partir de outros referenciais. Dentre eles, a antropologia, o estudo sobre
as culturas, podem oferecer subsídios fundamentais para a tentativa de mudar a
maneira de analisar e avaliar do missionário.
A pedagogia do missionário desenvolve-se. Assim, numa espécie de
contraponto da pedagogia do professor. O professor ensina a todos a mesma
coisa; o missionário anuncia a cada um uma verdade particular, uma resposta
singular e uma realização humana e espiritual. Neste caso cabe então a
pergunta, O que é Ser Missionário?
O
desenvolvimento da criatividade e da autonomia na Missão
Este tópico pretende discutir alguns pressupostos considerados
fundamentais para o desenvolvimento da criatividade e da autonomia no trabalho
missionário, numa visão psicopedagógica, psicológica, tendo como finalidade
discutir o papel do missionário no desenvolvimento de tais habilidades.
Partindo do princípio que a qualidade das atividades desenvolvidas no campo
missionário é fundamental no desenvolvimento e construção da inteligência e da
imaginação dos discipulandos, pretendo apontar algumas questões relacionadas à
metodologia de ensino religioso, à construção dos espaços físicos e
interrelacionais em grupos de estudos e à oferta de atividades significativas
aos aprendentes (Discípulos, onde que no ensino secular chamaríamos alunos).
Ao lado do conhecimento de fatos marcantes da realidade missionária
brasileira, de informações e práticas que lhe possibilitem participar ativa e
construtivamente do Projeto Participativo, os objetivos do ensino discipular
apontam a necessidade de que os missionários se tornem capazes de eleger
critérios de ação pautados na justiça, detectando e rejeitando a injustiça
quando ela se fizer presente, assim como criar formas não violentas de atuação
nas diferentes situações da vida. Tomando essa ideia central como meta, cada um
dos temas traz objetivos específicos que os norteiam.
Os Procedimentos e a Perspectiva da Participação do
Projeto Missionário
Embora menos complexo que o trabalho com valores e atitudes, o
discipulado e os procedimentos referentes ao trabalho com questões missionárias
merece atenção e definição de diretrizes por parte dos missionários.
No caso das temáticas missionárias trata-se de contemplar evangelização
que permitam efetivar o princípio de participação e o exercício das ações e dos
conhecimentos adquiridos. A formação missiológica se faz, antes demais nada,
pelo seu exercício: aprende-se a participar, participando. E a missão será um
lugar possível para essa participação se promover a convivência democrática no
seu dia a dia.
CONDIÇÕES
ADEQUADAS DE TRABALHO MISSIONÁRIO
Mudança
Necessária.
A missão é um lugar possível de evangelismo
consciente, crítico, criativo e participativo.
O que propicia a mudança
missionária?
Nos últimos 25 ou 30 anos, a missão
tem sido palco de inúmeras mudanças, o que tem se caracterizado como um
fenômeno global.
Nesse período as orientações
reformadoras transformaram o desejo de contribuir para a redução das
desigualdades sociais em desejo de assegurar maior eficácia social dos sistemas
missionários.
Nos últimos anos, vários estudos vêm
pesquisando os saberes e competências missionárias que fazem parte da
identidade e ações do obreiro em missão. Saberes são conhecimentos teóricos e
práticos e que permitem a um obreiro exercer adequadamente sua missão.
Inferem-se que os saberes estão
contidos no termo “competências”. Define “competência missionária” como uma
capacidade de mobilizar diversos recursos para enfrentar determinadas
situações.
A cada dia demanda-se uma formação,
mais sólida, mais ampla e mais flexível para que o missionário seja capaz de ir
compondo sempre melhor as suas respostas, missionando-se.
As revistas especializadas em
missiologia afirmam que há uma crise em missões, tendo em vista que o trabalho
missionário não acompanha o passo acelerado do crescimento das igrejas
brasileiras e, nesse quesito apontam erros e acertos das lideranças no
cumprimento do Ide de Jesus.
Há outros problemas que deveriam ser superados: algumas igrejas querem
investir somente em seu projeto local e não na obra mais abrangente. Há
cristãos querendo construir ‘impérios’, perdendo a visão de missão integral.
Mas o potencial dos evangélicos brasileiros merece crédito. É possível fazer
muito mais o que tem sido feito e pode acontecer um despertar ainda maior pela
obra missionária.
Fenimam da Missão para o Interior da África – MIAF, afirma que: “Missões
tem crescido ano após ano. Não podemos comparar com a taxa de crescimento dos
evangélicos no país, mas estamos caminhando”. Apesar do aspecto positivo
ressaltado por Feniman, ele se preocupa com o individualismo entranhado nas
igrejas. “Quando começamos a valorizar nosso próprio eu, nos esquecemos de
Deus. a igreja é apenas um reflexo da sociedade na qual está inserida”.
Sem uma visão clara acerca de missões, a Igreja Brasileira corre o risco
de se tornar uma simples instituição mercadológica, preocupada apenas com
número de almas ou com as metas numéricas. Que comumente os gerentes e
coordenadores cobram constantemente de seus missionários em campo e como os
resultados no campo missionário não são imediatos, muitos cristãos e igrejas
desistem de ajudar determinada Frente Missionária, decepcionados como os
números abaixo do esperado.
A Agência Presbiteriana de Missões Transculturais – APTM, o seu
vice-presidente Reverendo Sérgio Paulo Nascimento, vê confirmada a tirania dos
números, das estatísticas do resultado ‘fast-food’. Nascimento vê as
disparidades entre o crescimento numérico dos evangélicos e o pequeno
envolvimento com missões. “A potencialidade da Igreja Brasileira não tem se
refletido na vocação missionária”.
Segundo informações mais recentes a população evangélica está na casa
dos 55 milhões e os missionários não chegam 3.000, ou seja, 0,1%. A pesquisa
também aponta o fator financeiro como complicador, revelando a falta de visão e
investimento no sustento dos Projetos Missionários, bem como, temos
missionários voltando do campo por falta de apoio nas finanças. Ou seja, sua
prebenda recebida é ilusória, deixando a desejar um padrão de qualidade de vida
saudável e em alguns casos de missionário quase passando fome. Precisamos urgentemente
de um despertar missionário da Igreja Brasileira valorizar suas agências
missionárias que elas mesmas criaram e estas valorizarem os seus missionários
contratados e tratarem-no com mais dignidade.
O PLANO DE
CARREIRA
O desenvolvimento das pessoas pode
ser gerenciado de tal maneira que elas possam, ter uma carreira recompensadora
na organização e esta possa ter as pessoas de que necessita para funcionar em
longo prazo.
O plano de carreira é o resultado de
uma longa série de experiências de trabalho e de treinamento de cada
missionário. Uma carreira é a sequência de cargos que uma pessoa pode ocupar ao
longo de sua vida missionária.
Ao tomarem conhecimento, as pessoas
têm a oportunidade de revelarem seus desejos por algum tipo diferente de cargo.
A
contribuição do projeto missionário e a necessidade de desenvolvimento do seu
plano de carreira, também o fator financeiro contribui no seu projeto, há a
necessidade de ter prazer na obra como uma perspectiva de projeção missionária.
A pesquisa mostrou que os
missionários de diversas agências (uma pequena parte) são constantemente
motivados a buscar um maior número de outros conhecimentos, são valorizados com
um feedback financeiro satisfatório. Todos têm um plano de carreira, dentro do
seu projeto missionário.
A pesquisa mostrou que o missionário
na sua formação inicial e continuada tem recebido pouca ou quase nada de
informação a respeito do seu projeto missionário, fala-se muito em
planejamento, plano de trabalho missionário, e na maioria dos casos nem os
gerentes sabem definir e trabalhar esses vocábulos, por quê? Uma grande
percentagem dos gerentes e coordenadores não possui o Curso de Pedagogia e ou
outra Faculdade Secular e em alguns caso são truculentos no tratar o assunto.
4.3 SUGESTÃO
DE PROPOSTA
Valorização e
desenvolvimento da carreira participativa do missionário.
Objetivos:
- Observar e
ver as coisas de maneira diferente, isto é, com olhos de investigação;
- Selecionar
as informações que interessam;
- Analisar as
contradições do saber informal;
- Expor decisões claras e resultados práticos e
úteis à sociedade;
- Troca de
experiências e informações entre os colegas, e dos resultados dos novos
procedimentos.
Conteúdos:
Olhar as coisas de maneira diferente
podendo valorizar o seu desenvolvimento na sua carreira Missionária, para que
possa identificar seus pontos fortes e fracos, e saber como trabalhar a seu
favor e assim poderá alcançar o sucesso e a valorização no seu empreendimento
missionário, passando por processos de formação continuada em suas várias
formas.
Certamente nenhum de nós que se entregou à realização desta obra deixou
de passar por situações que talvez tenha trazido algum tipo de decepção, mas
todos concordamos que esses
desapontamentos também fazem parte, porém, representam uma pequena percentagem
que podemos tirar das decepções, experiências positivas, que nos ensinam a
visualizar possibilidades e alternativas para um futuro aprendizado
missiológico eficaz e excelente.
Enfim, o que ficou foi algo de muito positivo, pois, aprendemos muito
mais do que, ensinar, pregar e avaliar.
É preciso saber ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do
discipulando e ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a
diferença.
REFERÊNCIAS
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SAGRADA –NVI – Editora
Vida, 2001
BÍBLIA DE
ESTUDO – Batalha
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BÍBLIA DA
LIDERANÇA CRISTÃ – John c.
Maxwell – Soc. Bíblica do Brasil – 2007
BÍBLIA DE
REFERENCIA THOMPSON- Editora
Vida - 1997
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Uma Jornada Multiplicadora: Convicção Editora, 2010
AKINS, Thomas Wade, Evangelismo pioneiro: Manuais da JMN/CBB,11ª Edição - 2007
FERNÁNDEZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada: Porto
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Os idiomas do Aprendente: Artmed. Porto Alegre, 2001
GADIM, Danilo. A Prática de Planejamento Participativo,
Petrópolis. Vozes, 1994
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SEMEANDO IGREJAS MULTIPLICADORAS – JMN/CBB – 1ª Edição 2010
MELLO, Guiomar Namo de. Cidadania e Competitividade
– 8ª Ed. Cortez, 2000
MESQUITA, Mônica de, Missionários & Recursos –
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NÓVOA, Antonio. A Formação de Professores e Profissão
Docente, Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992
MORIN, Edgar, O Paradigma Perdido a natureza humana
– Mem Martins, Europa América, s/d
____________,
A Religação dos Saberes – O desafio do século XXI, BB Bertrand Brasil -
2001
Biografia
José Lopes de Oliveira nasceu no dia 13 de março de
1960 em Amaporã, PR. Filho de Almiro Lopes dos Santos e Maria Soares Oliveira,
ficou órfão do pai com apenas um ano e aos seis anos de idade foi matriculado
num colégio católico com vista a ser um clérigo.
Aos dez anos aceitou a Jesus Cristo como salvador numa
igreja da Assembleia de Deus no Paraná. Na adolescência aprendia mais sobre
Deus na EBD e foi batizado no dia 26 de março de 1973, aos 13 anos. Depois se
desligou definitivamente do colégio católico e mudou-se para São Paulo, onde
continuou os estudos e preparatório para a escola militar da Aeronáutica, mas
devido à estatura foi reprovado.
Aos 20 anos, em 16 de outubro de 1980 casou-se com
Maria Elisete da Silva Oliveira. O casal tem quatro filhos: Jeferson Lopes de
Oliveira Mendes (21/10/1981), Casado com Maria Adriana Mendes que desta união
nasceu um filho Cauã e Évelin Lopes de
Oliveira Lima (25/11/1983) casada com
Anderson Lira Lima, que também geraram
dois filhos Nícolas e Émilly , Erika Lopes Cipriano
(24/07/1988),casada com Marcos Cipriano , e Jônatas Lopes de Oliveira
(17/02/1985), casado com Évelin Sabino que gerou um filho Enzo
Formou-se em Teologia pelo Instituto Betel em 1984 e
foi ordenado ao ministério em 12 de dezembro de 1993 na Igreja Presbiteriana
Missionária do Brasil.
Mais tarde, graduando-se na Área de Segurança e
Medicina do Trabalho em 1991, Licenciatura Plena em Pedagogia em 2002. Concluiu
o Curso em Gestão e Organização Social. Pela FIZO – Faculdades Integradas Zona
Oeste. Concluiu também pós-graduação em Psicopedagogia pelo Centro
Universitário de Araras "Dr. Edmundo Ulson", SP, em 2006. E, em 2015
concluiu o Mestrado em Ciência da Educação: Formação de Professores pela
Universid Europea Miguel de Cervenetes – Barcelona/Espanha
José Lopes atuou na plantação de igrejas como
evangelista itinerante em quatro áreas das cidades de Itapevi e Cotia,
evangelismo pessoal, superintendente de EBD, promotor de eventos, congresso de
jovens, tesouraria geral do campo, secretaria geral.
Foi membro da Primeira Igreja Batista de Jandira, do
pastor Valdomiro Pereira da Silva Junior, a partir de fevereiro de 2002, onde
atuou como professor de EBD, tesoureiro, discipulado de homens e em outubro de
2007 foi diretor de missões e evangelismo da Associação Batista de
Osasco.
Atuou como Missionário Voluntário na Extinta
Penitenciária do Carandiru/SP por três anos nos Pavilhões Oito e Nove.
Em julho de 2008 foi nomeado pela Junta de Missões Nacionais para plantar uma igreja em Icém/SP. Foi transferido no final de 2011 para O Distrito da Freguesia do Ó – Noroeste da Capital Paulista para plantação e fortalecimento das Igrejas da ABANOC – Associação Batista Noroeste da Capital e AIBOC – Associação das Igrejas Batista Oeste da Capital. Em 2012 Membro da Igreja Batista em Vila Zatt exercendo o cargo de Coordenador de Capacitação de Líderes de PGMs - Pequenos Grupos Multiplicadores.
Mini
Currículo
·
Pr.
José Lopes de Oliveira
·
É:
Teólogo – Inst. De Ensino Superior Betel/SP
·
Técnico
em Seg. Trab. Escolas SENAC/SP
·
Pedagogo
– FAAC- Cotia/SP
·
Gestão
e Organização Social – FIZO/SP
·
Psicopedagogo
– UNAR – Araras/SP
·
Mestrado
– inc.: Educação, Adm e Comunicação UNIMARCOS/SP
·
Missionário
da JMN da Convenção Batista Brasileira.
·
Mestre em Ciência da Educação: Formação de Professores–Universidad Europea Del Atlático -Espanha.
·
Professor
na área de Pedagogia – Faculdade Paschoal Dantas –FPD/SP
· Professor
de Missões Transculturais e Psicologia da Religião – FATBOA – Faculdade
Teológica Batista de Osasco e Adjacências.
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