Segundo a tradição, o cristianismo chegou à Etiópia por meio de um jovem náufrago proveniente de Tiro, chamado Freumêncio, que conquistou a confiança do rei etíope e foi educador do príncipe.
Ao assumir o trono, o príncipe declarou o cristianismo a religião oficial do seu reino. A Igreja Ortodoxa Etíope foi fundada em 332 d.C., por Santo Atanásio. Com o advento do islamismo no século VII e suas investidas militares, a Etiópia ficou isolada do resto no império romano do oriente (Império Bizantino), estreitando suas relações apenas com a igreja de Alexandria (Egito).
Mesmo assim, o cristianismo continuou como a religião preponderante ao longo da história do país. Por suas relações mais próximas da igreja egípcia, a igreja etíope aderiu à liturgia copta ortodoxa.
A cada ano a igreja cresce em aproximadamente um milhão de membros, a maioria resultante de nascimentos em lares cristãos.
A constituição prevê a liberdade de religião, tendo outras leis e políticas contribuído para a prática livre da religião em geral.
O governo de modo geral respeita a liberdade religiosa na prática, no entanto, ocasionalmente algumas autoridades infringem esse direito. Tensões localizadas entre as comunidades muçulmana e cristã resultaram em alguns episódios violentos.
Através de vários programas cívicos, o governo tentou combater a violência sectária. A perseguição durante o regime marxista de Mengistu Haile Mariam (1974-1991) foi bastante severa, mas diminuiu consideravelmente após a queda do regime, em 1991. Em 1997, a igreja protestante testemunhou uma oposição radical exercida por muçulmanos, cristãos ortodoxos e pelo governo. A Igreja evangélica é a que mais sofre, por ser a minoria.
Ela é monitorada pelo governo e não goza dos mesmos direitos que os ortodoxos ou muçulmanos, pois são consideradas seitas. A Etiópia é um dos casos em que a igreja persegue os adeptos da sua própria fé. Apesar disso, a igreja etíope cresce em ritmo acelerado; a atual atmosfera de liberdade tem favorecido a oportunidade de evangelização no país.
Comentários
Postar um comentário