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DISPENSAÇÃO ECLESIÁSTICA

O Resultado da Dispensação Eclesiástica.

As Parábolas de Mateus Cap.13 revelam claramente que nem todo o mundo será convertido pela pregação do Evangelho, mas sim que todo o curso e o fim desta dispensação caracterizar-se-á por um mistura do bem e do mal.

Pela Parábola do Semeador Mt.13:3-8,18-23 Jesus preconizou que somente uma quarta parte da semente (Palavra) produz colheita. A expressão "palavra do reino" vv.19 refere-se a toda a Palavra de Deus, como proclamada por Cristo, pela igreja, verbalmente, pela impresnsa e mesmo pelo exemplo do povo de Deus.
Na primeira situação situação a Palavra não foi compreendida e Satanás facilmente conseguiu arrebatar a semente antes que germinasse.vv.19

Na segunda situação a Palavra-semente germinou, mas sendo que faltou profundeza de terra, foi arrancada pelos ventos de perseguição ou queimada pelo sol da tribulação. vv.20,21.
No terceiro caso os espinhos, entre os quais a semente foi lançada, representam "os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas" que sufocam a palavra. vv.22.

Paulo pesarosamente relata o caso de Demas que amou o presente século e abandonou a obra. II Tm.4:10.
Na quarta situação a boa terra representa o coração compreensivo e aberto que produz abundante colheita espiritual v.23.

A Parábola do Joio ensina-nos a mesma lição: que a pregação do Evangelho não fará converter todo o mundo. Mesmo no campo mais frutífero, Satanás semeia o joio que nasce e cresce junto com o trigo até o tempo da ceifa. Mt.13:24-30;36-43.

A semente nesta parábola já é diferente da semente da parábola do semeador, sendo que ela representa "os filhos do maligno" vv.37,38. Satanás introduz a sua semente de evangelhos falsos no meio dos homens, produzindo um cristianismo espúrio.vv.38.

A colheita é a consumação do século (presente), quando Deus tomará as providências necessárias, por Seus agentes, os anjos, que recolherão o cereal verdadeiro para os celeiros divinos e ajuntarão o joio para o queimar, "na consumação do século" (Grego-aioon) vv.39-42.

A Parábola do Grão de Mostarda Mt.13:31,32, ao contrário da interpretação popular, que ela represente o crescimento da igreja, começando como uma coisa insignificante  e  finalmente enchendo a terra, abrigando nações (as aves do céu) em seus ramos, ensina a corrupção geral no fim dos tempos.
Chamamos a atenção ao fato de que esse crescimento é anormal e sem substância, pois a mostarda não passa duma erva pequena do campo. Ela não poderá transformar-se em árvore.

A parábola realmente ensina que o cristianismo, começando pequeno, em vez de  procurar um desenvolvimento normal e sadio, de separação do mundo, tornou-se  uma grande instituição, até política em caráter, como se vê na Igreja Católica Romana, essa organização em cujo meio existem muitas "aves" - gente não convertida, e mesmo poderes de demônios Ap. 18:2. As aves nesta parábola não significam nada bom quando na parábola do semeador vv.4 e 19, na mesma série de ensinos, representam as artimanhas de Satanás.

Concluímos então afirmando que grande parte do cristianismo, em vez de desenvolver uma vida normal espiritual, de pobre de espírito e separado para Deus, tornou-se uma instituição mundana, com feição política que jamais tentou esconder.

Continua na próxima postagem: A Parábola do Fermento e do  Tesouro.

Fonte de pesquisa: "O Plano Divino Através dos Séculos" - 5ª Edição - N.Lawarence Olson-
Consultando a Bíblia - Ralph M. Rigggs
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearlman


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