Cerca de uma semana estive conversando com meu primeiro Filho Jeferson Lopes e meu genro Marcos Cipriano sobre as diversas línguas ao ponto de se tornar bastante calorosas, chegando ao clímax de se perguntar durante o diálogo, e qual era a língua que foi usada na bíblia no tempo de Jesus.
Depois de muito debate em busca de várias linhas de pensamento, nos demos de encontro com o Grego Koinê, palavra que significa simplesmente linguagem comum ou dialeto comum a todos.
Os estudiosos deste assunto não têm chegado ainda, a uma uniformidade quanto à exata extensão desta palavra.
O termo quer significar a linguagem comum do povo entre os período de 300 a.C e 330 a.D, não se pense numa língua de pessoas incultas, porque koinê se referia tanto à linguagem falada, quanto à literária escrita.
O nome Koinê significa: a língua única, comum, que substituiu, nesse período, a pluralidade original dos dialetos gregos. Como base da koinê considera-se hoje, geralmente, o dialeto ático, enriquecido quanto ao vocabulário,com elementos dos demais dialetos, sobretudo o iônico.
Pelas expedições militares de Alexandre Magno no Oriente, essa língua espalhou-se, criando uma unidade cultural de cara´ter mais permanente do que efêmera unidade política fundada pelo conquistador.
Foi essa língua que por uma simplificação paulatina em comparação com o grego clássico e por pluriformidade bastante rica foi eminentemente apta para se tornar a língua internacional do período helenístico, facilitando certamente, e não pouco, a expansão do cristianismo.
Nesse dialeto escreveram Plutarco, Políbio, Filo, Josefo; nele foi escrito a Septuaginta e o Novo Testamento.
O grego se tornara a linguagem universal do Império romano; pois mesmo onde se falava o latim, as pessoas cultas usavam o grego como uma segunda linguagem.
Há sensíveis diferenças entre o grego clássico e o koinê. Entre estas podem ser destacadas:
a) Diferenças fonéticas e ortográficas: idêntico valor fonético ático tornando-se tendência para desaspiração;
b) Vocabulário - criação de novas palavras, especialmente - compostas; Novo significado a velhas palavras. Empréstimos de plavras de línguas estrangerias;
c) Sintaxe - a simplicidade da frase é evidente pelo uso de sentenças mais curtas.
Incremento no uso das preposições:
O neutro plural pode ser usado com o verbo tanto no singular como no plural; desaparecimento do dual e diminuição sensível do modo optativo.
N linguagem do Novo Testamento há ainda uma diferença que não pode ser desprezada. Sendo que todos os seus escritores eram judeus, com exceção talvez de Lucas, escrevendo em grego, eram influenciados pela sua língua materna. - Erasmo afirmou que o grego do Novo Testamento estava corrompido de hebraísmos em palavras e idiotismos. Esta afirmação foi contestada por H. Stephens no prefácio ao N.T (1546) procurando provar que o grego dos inspirados escritores era puro e idiomático.
Notável polêmica se levantou entre dois grupos, mas a discussão morreu, quando um deles apresentou provas concludentes da existência na linguagem do N.T. de um sabor hebraico.
Schaff disse que o grego falado pelos judeus gregos assumiu um caráter fortemente hebraizante, e o grego do N.T participa deste caráter sagrado w hebraizante.
Os escritores do Novo Testamento sofreram uma influência muito profunda, mesmo preponderante, da literatura hebraica, de cujo espírito participam. Por mais que Paulo tentasse construir períodos gregos, caía inconscientemente no ritmo semítico; e o Evangelho de João, embora escrito em koinê correta,pode talvez ser considerado a obra prima do gênero literário semítico.
Houve um tempo quando alguns estudiosos defenderam que o grego do N.T era uma linguagem especial preparada pelo Espírito Santo para receber os escritos divinos. Esta idéia foi contestada por argumentos convincentes que provaram que o grego do N.T não foi "língua sagrada".
O grego do N.T é a linguagem corrente no período em que ele foi escrito, mas influenciado pela Septuaginta - versão do V.T para o grego por judeus - e ainda com mistura de palavras e frases aramaicas, latianas, persas, egípcias entre outras.
Fonte: Histórica contemporânea - Atica
Apontamentos das aulas de grego Seminário Betel São Paulo
apontamentos das aulas de grego Instituto Adventista Pedro Apolinário
Gramática grega - Wallace - EBR
Pr. Jose Lopes de Oliveira
Pedagogo/ Psicopedagogo/ Téc em Seg Trab. Bel em Teologia/ Prof Univrs. Miss da JMN/CBB
A semente foi lançada, basta cultivá-la para colhermos bons frutos.
Vá ao povo, viva entre as pessoas. Ame-as. Comece pelo que sabem. Construa com o que têm. E quando os melhores líderes surgirem, as pessoas dirão: - fomos nós mesmos que fizemos isto.
Muito boa dissertação sobre qual o idioma/linguagem dos escritos do novo testamento e da influência da língua aramaica nestes mesmos escritos. Digo isto, pois, segundo alguns defensores, muito do sentido das palavras no velho testamento quando transladado para outras línguas, perde pouco ou muito de sua essência emocional e entendimento; sendo, para eles, necessário o conhecimento do hebraico/aramaico (história e língua) para se ter um entendimento pleno sobre as palavras ali escritas.
ResponderExcluirNão recordo exatamente o nome do documentário ou livro, ou mesmo do estudioso em que obtive este detalhe, mas a questão, será se não recaí sobre o novo testamento também?
Será que é necessária aprender o Grego utilizado na escrita do N.T. para compreender o sentido adequado de suas palavras e intensões?
As traduções trazem a verdadeira essência do Cristianismo ao texto para outras linguagens? O que se perde de verdade?
Também, em busca de alguma resposta, encontrei este livro em PDF intitulado de "QUAL O TEXTO ORIGINAL DO NOVO TESTAMENTO" para enriquecimento literário, este livro em PDF escrito pelo Dr. Wilbur Norman Pickerin (Ainda não li completamente, porém, como sei que o senhor gosta de ler sobre o assunto, o indico).
Basta baixar neste link: http://www.luz.eti.br/resources/wilburnt.pdf