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DISPENSAÇÃO ECLESIÁSTICA- I

A parábola do  Fermento, segundo a interpretação popular, ensinaria que o fermento é o evangelho que a mulher, a Igreja, introduziu no mundo (as três medidas de farinha). Esse fermento, dizem eles, operando secretamente, espalha-se por  toda a massa e no fim produzirá a conversão integral de todo o mundo. Não concordamos com essa teoria, porque a história da Igreja até aqui não a confirma. Em nenhum pronunciamento ou profecia Jesus prometeu tal coisa, e nem tão pouco os apóstolos.

É altamente perigoso criar um doutrina com base só em parábola. O bom senso ensina buscar a interpretação de parábolas  em claras e indiscutíveis doutrinas dos Evangelhos e das Epístolas, e também observar o curso da história.

A parábola realmente representa a introdução do elemento falso na igreja. A mulher é a igreja falsa que coloca a doutrina falsa no meio do ensino de Cristo, representado pelas três medidas de farinha, ou seja a oferta de cereais do Velho Testamento, que é claramente uma figura de Cristo, o "Pão da Vida",e Seus ensinos. Jo.6:35,63. "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus". Mt. 4:4. "As palavras que Eu vos tenho dito são Espírito e são vida". Jo.6:63. A palavra ou doutrina errônea da parte da falsa igreja. O uso da palavra "fermento" no Velho Testamento é prova dessa asserção, pois o fermento era proibido na festa da Páscoa e em todas as ofertas cerimoniais, com exceção de alguma oferta que claramente tipifica a má natureza do pecado. Êx. 12:8; Lv.7:18; Lc.23:6-17; Am.4:4,5. Nunca se uso fermento em qualquer oferta de cheiro suave.

O uso da palavra "fermento" no Novo Testamento confirma ainda mais essa opinião. Em I Cor.5:6-8 Paulo fez o fermento símbolo da malícia e da maldade, em contraste com os pães asmos da sinceridade e da verdade. Jesus avisou Seus discípulos contra três formas de doutrina errada: 
1) Dos Fariseus Mt.23:14,15,2-28, que representa a religião formal, hipócrita, que tem a "forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder". II Tm.3:5.
2) Dos Saduceus Mt.22:23-29, que eram os "modernistas" do tempo de Jesus, que negavam toda operação sobrenatural, a existência de anjos, e milagres de qualquer espécie.
3) dos Herodianos Mt 22:16-21;Mc 3:6, que eram judeus que se submetiam ao jugo romano e que evidentemente haviam perdido qualquer esperança messiânica. Não passavam dum partido político. Seriam os precursores das atividades políticas que hoje se vê no cristianismo que ostenta  tantas reformas por meio de legislação, educação e união com o mundo de modo geral. Especialmente o Concílio Mundial de Igrejas, cuja influência se faz sentir em todo o mundo, até mesmo junto aos governos dos países, está envolvido com esse tipo de atividade.

Em conclusão sobre o ensino dessas quatro parábolas citamos  o dr. Campbell Morgan: "Evidentemente, estas quatro parábolas não retratam uma época em que o bem ganha ascendência até a perfeição de concretizar;mas é um época caracterizada por conflitos em que se julgava que o mal triunfaria e não o bem. Na parábola do semeador se vê a obra do Rei, espalhando a boa semente a fim de conseguir os resultados do reino de Deus. A  obra do inimigo é manifesta por suas tentativas de impedir tais resultados  por prejudicar  a semente através da terra em que foi semeada.
Na  parábola das duas sementes (joi) é revelada a obra do Rei como também do inimigo que semeou o joio no mesmo campo.Na parábola da mostarda, a qual, contrário às leis da natureza, produz uma grande árvore, notamos um crescimento anormal, um aborto, algo não cogitado, e que por conseguinte falta todos os elementos de firmeza e resistência. No fermento... temos a forma mais simples de corrupção."

Claramente nestas parábolas Jesus não está descrevendo a verdadeira natureza do reino de Deus, mas sim manifestando algo das lutas que seu reino iria enfrentar no curso da história

Continua próxima postagem: A Parábola do Tesouro.


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